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‘Sindicatos não querem perder a boquinha’, diz Rodrigo Maia

Por Valmar Hupsel Filho
Atualização:
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia Foto: Dida Sampaio/Estadão

FOZ DO IGUAÇU - Ao defender a reforma trabalhista para a elite empresarial do País, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez fortes críticas aos sindicatos, que resistem às mudanças nas leis trabalhistas. Segundo ele, a resistência dos sindicatos acontece porque eles não querem perder “a boquinha”. 

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“Os sindicatos não querem perder a boquinha, aquilo que ganham sem nenhum esforço, então, é legítimo que se mobilizem”, disse Maia durante a cerimônia do Prêmio Lide, no 16.º Fórum Empresarial, em Foz do Iguaçu (PR).  A afirmação do presidente da Câmara é feita no momento em que há forte tendência na Casa pela extinção do imposto sindical, que é a principal fonte de recursos dos sindicatos. 

Na manhã de ontem, Maia fez novas críticas aos sindicatos, desta vez ao falar sobre a depredação à entrada do prédio da Câmara durante a votação da urgência da reforma trabalhista. 

“Os sindicatos, com muita competência, pressionam, acuam e depredam o Congresso, como fizeram na semana passada. A Polícia Civil, que deveria estar preocupada com a nossa segurança, vai ao Parlamento e quebra as entradas do Parlamento brasileiro. A gravidade de um ato como esse é muito maior que pressionar parlamentares na Câmara dos Deputados”, disse Maia. 

Ele defendeu que o Congresso Nacional deve enfrentar essa agenda “tensa e difícil”. Segundo Maia, o trabalho do Legislativo está fundamentado em dois “eixos fundamentais”: a aprovação, na Câmara e no Senado, das reformas trabalhista e previdenciária até o meio do ano e no segundo semestre avançar na reforma tributária.

Necessidade. O ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, também no evento que reuniu empresários em Foz do Iguaçu, se apoiou em números como argumento para mostrar a determinação do governo em convencer a sociedade sobre a necessidade da reforma da Previdência. 

“Gastaremos este ano R$ 720 bilhões com a Previdência, ou 55% das despesas contábeis, R$ 40 bilhões com investimento e R$ 115 bilhões com Saúde e Educação”, disse. “Estamos gastando muito com o presente e pouco com o futuro”, afirmou o ministro.

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