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Professor de Finanças da FGV-SP

Só desempenho não define o investimento

Tenho uma aplicação LCA de R$ 60 mil e seu vencimento será em novembro de 2017. Devo reaplicar no LCA ou num fundo de renda fixa? Não tenho necessidade do rendimento a curto e médio prazo. Você deve reinvestir o dinheiro, mas dentro de uma estratégia para sua carteira. Esse plano deve ser na direção de obtenção de seus objetivos. Para isso, deve haver uma coerência entre o prazo e a importância da aplicação. Estabelecendo essa relação prazo e importância você automaticamente estará determinando o grau de risco que pode ser aceito no investimento. De maneira simples, não é coerente você ter um objetivo com prazo muito curto, de muita importância e colocar esse dinheiro em ações, pois o risco é alto demais. Como você menciona que não precisa do dinheiro em médio prazo, pode pensar em algo com um pouco mais de risco. Por outro lado, como a aplicação atual é em renda fixa, com garantia do FGC e sem imposto, indico que você tenha um comportamento mais conservador. Assim, a dica é: primeiro compare as alternativas disponíveis além da LCI, pensando em Títulos do Tesouro Direto, fundos de renda fixa e até mesmo fundos multimercado. Este último possui um pouco mais de risco, mas com o seu horizonte temporal torna-se aceitável. Uma dica é usar o simulador do Tesouro Direto que permite comparar qualquer um dos títulos do Tesouro Direto com a caderneta de poupança, CDB, LCI/LCA e fundo DI. O resultado apresentado pelo Simulador do Tesouro é em termos líquidos, considerando as taxas e impostos. Esse é um aspecto muito importante, porque sempre devemos comparar os diversos investimentos em termos líquidos. E não deixe de considerar outras instituições além do banco que você mantém essa aplicação. 

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Por Redação
Atualização:

Verifiquei que o ouro foi o segundo melhor investimento de setembro no Brasil. Ainda vale a pena investir nele? Investir em ouro é para quem deseja diversificar suas carteiras e/ou que tem muito apetite de risco. Se você se enquadra em um desses casos, compre o metal. Mas, faça isso dentro de uma estratégia e não porque no passado teve um bom desempenho. Eu sempre repito que qualquer investimento é bom, mas não é para todos os bolsos e em todos os momentos. Ouro é tido por muitos como um “porto seguro” que serve como proteção em épocas de crise, mas isto não quer dizer que deixe de ser um investimento de risco. Há algumas maneiras de comprá-lo, mas o valor dessa aplicação depende da forma de aquisição e da cotação do dia. Porém, não estou considerando na resposta a compra de ouro físico, como uma joia, mas sim o ativo financeiro. Caso queira, a compra como investimento pode ser feita por meio do metal físico no mercado de balcão, em Distribuidoras de Valores (DTVM), que vendem barras com diversos pesos[B]. Na operação há custos de corretagem e custódia (0,07% a 1,5% ao mês). Outra maneira de investir em ouro é na Bolsa por meio de contratos futuros, a termo ou de opções. Esses mercados são mais sofisticados e recomendados para profissionais. No Banco do Brasil pode ser comprado ouro físico, na forma de barras fundidas ou também na modalidade escritural. O tratamento tributário de ouro como ativo financeiro é o mesmo da renda variável, mas as operações de mútuo e compra vinculada à revenda são equiparadas à renda fixa. Já na negociação em que o ouro não for considerado ativo financeiro haverá apuração de ganho de capital, para IR. E lembre-se que ouro exige caixa alto.

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