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Solar fez Brasil valer a pena

Por Naiana Oscar
Atualização:

Aos 34 anos, o paulistano Daniel Ades já foi destaque do prestigiado Financial Times por causa do desempenho de sua gestora de investimentos, a Kawa, de Miami. Ele administra US$ 500 milhões de 200 investidores do mundo inteiro e entrega retornos anuais perto dos 16%. Chegou aos EUA em 2007, para trabalhar na butique de investimentos de um primo, vendeu sua participação na sociedade e montou seu negócio. Por aqui, ele é um desconhecido. Até pouco tempo, nem as ações de empresas brasileiras chamavam sua atenção: o país natal sempre foi considerado caro demais em sua estratégia de investimento. Foi a energia solar que atraiu Daniel Ades ao Brasil. No fim do ano passado, ele abriu em São Paulo um escritório da Conergy, empresa alemã com subsidiárias em 13 países e que já instalou mais de 300 usinas solares no mundo. O Kawa comprou a massa falida da companhia em 2013 e reestruturou a operação: parou de fabricar equipamentos, vendeu todas as fábricas e se concentrou no desenvolvimento de projetos de geração distribuída de energia solar em residências e empreendimentos comerciais. A americana Macy's é uma das clientes da Conergy. "É na geração distribuída que enxergamos oportunidade no Brasil", diz Ades. "Chegamos a olhar o leilão, para desenvolver grandes usinas, mas o preço não é economicamente viável e não queremos entrar em jogo político." A empresa espera gerar no País 100 MW de energia por ano a partir de 2016. 

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