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Standard & Poor's espera que Fed suba juros em dezembro

Segundo agência de rating, preocupação com a economia da China e volatilidade do mercado financeiro colocam dúvida sobre a elevação dos juros

Por Mateus Fagundes
Atualização:

A agência de classificação de risco Standard & Poor's acredita que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai esperar até dezembro para elevar a sua taxa de juros e que os mercados emergentes já precificaram este movimento.

Em um relatório sobre o tema, divulgado nesta segunda-feira, a agência defende que as preocupações sobre a economia da China e o aumento da volatilidade nos mercados de ações levantaram dúvidas sobre a elevação dos juros nos EUA antes do final do ano.

Janet Yellen, presidente do Fed Foto: Reuters

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Apesar disso, a S&P acredita que os investidores já consideraram a elevação dos juros nos EUA em suas negociações nos mercados emergentes, tendo como reflexo "a diminuição do apetite dos investidores por ativos de risco, evidenciada pelo aumento dos spreads de títulos, rebaixamentos de ratings, saídas de capital e depreciação das moedas emergentes."

Segundo Diane Vazza, chefe global do grupo de pesquisa sobre renda fixa da S&P, muitos banco centrais de mercados emergentes pediram que o Fed acabe com a incerteza e aumente os juros. "Acreditamos que a reversão da política do Fed pode impactar os mercados emergentes sob a forma de aumento do custo de capital, mas, a longo prazo, a região se beneficiará da robustez da economia dos EUA", escreveu.

Previsão. O Barclays mudou sua previsão para o primeiro aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve de setembro de 2015 para março de 2016. Analistas do banco afirmaram que "dadas as incertezas em torno das atuais perspectivas globais, o momento para o aumento dos juros parece mais incerto que o habitual". 

Os especialistas ainda disseram que "se a volatilidade do mercado financeiro provar ser transitória, o Fed poderá aumentar os juros em dezembro". O banco considera improvável que o Fed deixe o aumento dos juros para a segunda metade do próximo ano. 

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