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Star Alliance quer negociação com a TAM no mercado aéreo

Empresa busca companhia brasileira para substituir a Varig no mercado

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Por Redação
Atualização:

A Star Alliance busca uma empresa brasileira para substituir a Varig e espera contar com a TAM em sua aliança global de empresas aéreas, afirmou o presidente do grupo no Brasil, Carlos Antunes. O executivo diz que a líder do mercado brasileiro "está mais próxima" da Star Alliance. "Existe interesse da Star Alliance em ter um parceiro no Brasil. Assim como existe interesse em trabalhar com a TAM", afirma Antunes. Segundo ele, a TAM reúne as condições mais propícias para aderir à Star Alliance por causa de sua operação no mercado internacional. Além disso, ele destaca que contribui para a preferência o fato de a empresa ter fechado recentemente acordos de compartilhamento de assentos com a portuguesa TAP, a americana United Airlines e a alemã Lufthansa, todas integrantes da aliança. A TAM informa que ainda não decidiu se vai aderir a algum grupo global de companhias aéreas, mas admite que foi "flertada" por todos os existentes. A empresa acrescenta que a sua estratégia tem sido a de firmar acordos bilaterais. Em menos de um mês, foram quatro, incluindo uma parceria com a chilena LAN, que pertence à aliança Oneworld. "Sem dúvida os acordos bilaterais da TAM com empresas da Star Alliance são o primeiro passo para a TAM entrar na aliança. Aliás, ela já está com um pé lá", afirmou o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio. Segundo ele, a parceria firmada com a LAN não atrapalha uma eventual adesão da TAM à Star Alliance. Varig "A Varig que foi parceria da Star Alliance não é a mesma que opera hoje", diz Antunes, ao ser questionado das chances de a Varig retornar à aliança. A companhia saiu desse grupo em abril deste ano. Sobre a Gol, o executivo diz que alguns limitadores impedem a imediata adesão da empresa, que concentra sua atuação internacional na América latina. Além disso, o sistema de reservas da Gol não se conecta com os dos membros da Star Alliance, diz Antunes. A Star Alliance comemora este ano uma década de existência. São 17 empresas que reúnem 2.777 aeronaves, 351,7 mil funcionários e 405,7 milhões de passageiros transportados por ano. Juntas, as companhias voam para 155 países e operam em 855 aeroportos, com 16 mil decolagens por dia. Esses número deverão aumentar até o final deste ano, já que a Air China está em processo de adesão. Prioridade ao passageiro De acordo com Antunes, o novo foco da aliança é a prioridade ao passageiro. Ele diz que o objetivo é fazer com que a pessoa viaje nos aviões de diferentes empresas do grupo e sinta que os serviços e a qualidade são padronizados, como se tivesse viajado em apenas uma empresa aérea. "Antes o foco era como a Terra se conecta. Hoje, a prioridade é como as companhias se conectam com o passageiro", diz.

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