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Superávit primário do setor público é o menor para janeiro desde 2011

Na comparação com janeiro de 2013, poupança do setor público foi 34% menor; já na comparação com dezembro passado, cresceu 91%

Por Economia & Negócios e Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - A poupança do setor público para pagar os juros da dívida, o chamado superávit primário, ficou em R$ 19,921 bilhões em janeiro, segundo informou nesta sexta-feira, 28, o Banco Central. O valor é menor para os meses de janeiro desde 2011, quando foi registrado superávit primário de R$ 17,748 bilhões.

Na comparação com janeiro de 2013, quando o resultado ficou em R$ 30,251 bilhões, poupança do setor público foi 34% menor no mesmo mês deste ano.Já na comparação com dezembro passado, quando o resultado ficou em R$ 10,407 bilhões, o superávit primário cresceu 91% em janeiro de 2014.Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, o superávit primário do setor público em janeiro equivale a 20,1% da meta fiscal do ano, de R$ 99 bilhões.Na semana passada, o governo anunciou corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União deste ano e meta de superávit primário de R$ 99 bilhões, equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) - proporcionalmente, o mesmo resultado fiscal atingido em 2013.

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Poupança. O esforço fiscal de janeiro foi composto por um superávit de R$ 12,549 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS), divulgado na manhã de hoje - o menor para os meses de janeiro desde 2009. Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com R$ 7,241 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 6,076 bilhões, os municípios tiveram saldo positivo de R$ 1,165 bilhão. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 131 milhões. Em 12 meses, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões, o equivalente a 1,67% do PIB - abaixo da meta de 1,9% e do resultado de 2013.

Dívida. A dívida líquida do setor público ficou em 33,3% do PIB em janeiro, ante 33,8% em dezembro. O resultado de janeiro é o melhor da série histórica do Banco Central, segundo Fernando Rocha. A redução da dívida ocorreu, segundo ele, devido à depreciação cambial de 3,6% no mês. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,613 trilhão. A dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 2,829 trilhões, o que representou 58,5% do PIB. Em dezembro do ano passado, essa relação estava em 57,2%. O gasto com juros foi de R$ 30,399 bilhões em janeiro, maior que o gasto de R$ 24,013 bilhões registrado em dezembro e também ante os R$ 22,649 bilhões apurados em janeiro do ano passado.

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