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Taxa de desemprego no País recua para 11,8% em dezembro, aponta IBGE

Resultado do quatro trimestre é o melhor para o período desde 2016; mas, apesar da recuperação, o País ainda contava com 12,311 milhões de pessoas em busca de emprego no final do ano passado

Por Daniela Amorim (Broadcast)
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RIO - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8% no quarto trimestre de 2017, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado para o período (outubro - dezembro) é o melhor para este trimestre desde 2016, quando a desocupação ficou em 11,8%. 

Apesar da melhora recente, o País ainda contava com 12,311 milhões de pessoas em busca de emprego no final do ano passado. 

Mais de 12 milhões de pessoas estavam desempregadas ao final de 2017, segundo o IBGE Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Por outro lado, o total de ocupados cresceu 2,0% no período de um ano (dezembro de 2016 - dezembro de 2017), o equivalente à criação de 1,846 milhão de postos de trabalho. Há menos 31 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 0,3%.No último trimestre de 2017, o País tinha 91 mil brasileiros a mais na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0,1% ante o mesmo período de 2016. O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,5% no quarto trimestre de 2017.

Para Cimar Azeredo,  coordenador de Trabalho e Rendimento  do IBGE,  A queda na taxa de desemprego na reta final de 2017 já era esperada "Como o aumento da ocupação foi muito expressivo, isso fez a taxa de desocupação cair. O movimento já era esperado. Novembro e dezembro são meses que já existe a contratação de funcionários temporários, acontece normalmente no comércio", lembrou Azeredo.

O pesquisador lembra que o comércio, o setor de outros serviços e os serviços domésticos puxaram a alta nas contratações no quarto trimestre.

"Nos serviços domésticos, a alta é um ponto para acompanhar. A gente não sabe se isso é fuga do desemprego", disse. "Em outros serviços, (a contratação) foi na parte de embelezamento, cabeleireiro, cuidados pessoais", explicou.

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Desemprego médio.  A taxa de desemprego média de 2017 foi de 12,7%, a mais elevada dentro da série histórica iniciada em 2012, além de superior à média de 11,5% registrada em 2016.  A renda média real dos trabalhadores ocupados no País subiu 2,4% no ano de 2017 em relação ao resultado médio de 2016, para R$ 2.141.

Em dezembro do ano passado, a população desocupada somou 12,3 milhões de pessoas, uma queda de 5% (menos 650 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior (encerrado em setembro). 

Vagas formais.  O mercado de trabalho no País perdeu 685 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 2,0% no quarto trimestre de 2017 ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pnad. 

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Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,7%, com 598 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 6,4% ante o quarto trimestre de 2016, com 263 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria cresceu 4,8% no período, com 1,070 milhão de pessoas a mais nessa condição. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 5,5%, com 116 mil ocupados a mais. O setor público gerou 222 mil vagas, um aumento de 2,0% na ocupação. Houve aumento de 262 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 4,3% de ocupados a mais nessa função.

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