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TCU proíbe Mendes Júnior de contratar com governo federal por três anos

Punição foi tomada pelo plenário na análise de fraudes em licitações conduzidas pela Petrobrás relacionadas à obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco  

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Por Redação
Atualização:

O Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu, nesta quarta-feira, 7, a construtora Mendes Júnior de assinar contratos com o governo federal por três anos. A punição à empresa foi tomada pelo plenário do tribunal na análise de fraudes em licitações conduzidas pela Petrobrás relacionadas à obras de implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca-PE. 

A punição tem relação com obras na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE). Foto: Wilton Júnior/Estadão

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O processo teve como origem informações obtidas na Operação Lava Jato que apontavam ajuste prévio entre as licitantes e corrupção de ex-dirigentes da Petrobrás. A medida tomada — declaração de inidoneidade — é uma mais graves que podem ser aplicadas a empresas. Cabe recurso. A empresa não comentou a decisão.    O voto do relator, Benjamin Zymler, destacou que a existência da atuação do cartel foi apurada ao longo do processo e que, de acordo com o cálculo tradicionalmente usado pelo TCU em relação a contratos da Petrobrás, a atuação dos arranjos de preço levou a um prejuízo de R$ 1,9 bilhão nos contratos analisados, como consequência de uma redução em aproximadamente 17% do valor do desconto que seria ofertado no caso de um cenário competitivo. 

A Mendes Júnior foi uma das empresas do “clube de construtoras” que compôs o cartel. Esse clube apontava que empresa sairia vencedora de que licitação, segundo a investigação. O plenário do TCU já decidiu, em fevereiro, proibir a MPE - Montagens e Projetos Especiais de contratar com a União por três anos.

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“Sopesando a gravidade da conduta imputada à Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A., principalmente os comportamentos referentes aos processos licitatórios fraudados que redundaram em contratação, entendo que a sanção a ser aplicada no presente processo deva ser de três anos”, disse Zymler no voto.

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