Publicidade

Tempo está acabando para a Argentina, dizem credores

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Argentina caminha para um doloroso default se continuar resistindo a negociar um acordo com os credores que não aceitaram as reestruturações da dívida soberana do país, advertiu nesta quarta-feira a associação que reúne os fundos que lideram o processo. A American Task Force Argentina (ATFA) disse em aviso publicado nos principais jornais do país que o governo da presidente Cristina Fernández parece preferir um novo default a negociar com os credores. Determinação da Justiça norte-americana concede a eles o pagamento de 1,33 bilhão de dólares mais juros. A Argentina tem até 30 de julho para evitar o segundo default desde 2002, quando vence o prazo para cancelar os juros do "dicount bond" emitido sob legislaçõa estrangeira. Um default pressionaria a economia argentina, que já se encontra em recessão, e fecharia as poucas fontes de financiamento externo que ela tem. As reservas internacionais do banco central da Argentina estão estancadas, após caírem 30 por cento no ano passado. "O tempo se esgota para a Argentina. Tem até o fim deste mês para chegar a acordo com seus credores", disse a ATFA. "Esses credores têm solicitado em reiteradas ocasiões reunirem-se com as autoridades argentinas, mas estas se negam", acrescentou. O juiz norte-americano Thomas Griesa bloqueou o pagamento do bônus até que a Argentina pague os fundos liderados pelo NLP Capital e pelo Aurelius Capital Management e designou um mediador para destravar as discussões. Mas a Argentina tem dito que não pode fechar acordo com os credores neste ano porque uma cláusula incluída nas reestruturações de 2005 e 2010, que vence no fim de dezembro, impede que ofereça termos melhores que aos detentores de títulos que participaram dessas operações. ((Tradução Redação São Paulo; 55 11 5644 7757)) REUTERS BBF AC

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.