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Tombini diz que meta de inflação continua sendo 4,5%

Por CÉLIA FROUFE E EDUARDO CUCOLO
Atualização:

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, salientou nesta terça-feira, 10, que a meta do BC para a inflação é a definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. "É a que perseguimos e vamos continuar, ainda que em alguns momentos não tenha sido atingida. Não tem nada de errado com essa meta, ela é alcançável", afirmou durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Tombini disse que a inflação atual medida pela Fipe está em 4,01% no acumulado de 12 meses e voltou a afirmar, ao responder a um parlamentar, que a inflação não está sendo mantida com artificialidades. "Nossa projeção para os preços administrados em 2014 é de 4,5%. Essa projeção será revisada ao final deste mês. Para 2015, ainda não temos projeção para os preços administrados, mas não deve ser muito diferente da meta", considerou. Tombini afirmou que o BC nunca teve a visão de que um pouco mais de inflação geraria um pouco mais de crescimento. A "tal da mudança da matriz macroeconômica", segundo Tombini, não só não faz parte do pensamento dos quadros do BC como também não está presente nos discursos de "ninguém com responsabilidade na área econômica da atual administração. "Não há trade off entre um pouquinho mais de inflação com um pouquinho mais de crescimento porque é um ganho que não se materializa", considerou. Ao ser questionado sobre as projeções menores do Ministério da Fazenda para o crescimento da atividade econômica, Tombini disse que a estimativa do BC também foi revisada para baixo e que está em 2,5% atualmente. Ele salientou, porém, que uma nova expectativa deverá ser apresentada ao final deste mês. O BC atualiza seus prognósticos no Relatório Trimestral de Inflação, que ainda não tem data para ser divulgado. CâmbioO presidente do BC afirmou que não adianta dar competitividade ao setor produtivo com o câmbio e retirar com a outra mão por meio da inflação. "O controle da inflação é importante para que essa mudança no câmbio, que é flutuante, não seja perdida, que seja duradoura."Tombini disse ainda que, mais que taxa de juros, a disponibilidade de recursos para financiamentos de médio e longo prazo é importante para fomentar o investimento. Ele também citou dados sobre crédito, afirmando que 2014 será um ano melhor para essa área, como mostram os dados de redução do comprometimento da renda familiar e de queda da inadimplência.

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