Os trabalhadores da fábrica Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram em assembleia na manhã desta quarta-feira paralisar as atividades durante todo o dia, a fim de defender a estabilidade no emprego.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a insegurança quanto a demissões cresceu entre os trabalhadores na semana passada, depois de uma declaração do presidente da montadora no Brasil, Phillipp Schiemer, de que não pretende renovar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O regime de redução de jornada vence em maio, e oacordo de estabilidade de empregos, em agosto.
A Mercedes, por meio da assessoria, confirmou a paralisação em São Bernardo. Em nota, a empresa afirma que lamenta o ocorrido, "uma vez que tem sofrido os efeitos da drástica queda no mercado de veículos comerciais causada pela crise política e econômica no País".
Quanto ao andamento das negociações e à possibilidade de descarte do PPE no segundo semestre, a empresa não quis comentar. "É importante lembrar que, desde 2014, a Mercedes-Benz vem adotando diversas medidas de flexibilidade e gestão de mão de obra para gerenciar o excedente de mais de 2 mil pessoas na fábrica de do ABC", afirmou a montadora.
As atividades na fábrica de São Bernardo devem ser retomadas normalmente nesta quinta-feira, segundo o sindicato.