PUBLICIDADE

Publicidade

Transbrasil: problemas com o reembolso

Quem desistiu de conseguir lugar em vôos de outras empresas e tentou conseguir o reembolso do valor pago encontrou problemas: não havia funcionários em Congonhas e preencher o requerimento, só no centro da cidade.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os passageiros que ainda possuem bilhetes da Transbrasil enfrentaram problemas ontem para solicitar o reembolso dos valores pagos. No guichê da companhia no Aeroporto de Congonhas, desde o fim de semana era difícil encontrar funcionários que fornecessem o requerimento de devolução. Só na loja da Avenida São Luís era possível preencher o formulário. O périplo do metalúrgico Clodoaldo Parente de Souza começou pelo serviço de atendimento telefônico: "Liguei para a empresa, mas não consegui nenhuma informação. Em Congonhas, não havia nenhum funcionário", conta o passageiro, que só na loja do Centro conseguiu pedir a devolução dos R$ 1.100 pagos em setembro por duas passagens para Fortaleza no dia 22. Os poucos empregados que permanecem em seus postos acumulam dois meses de salários atrasados. Segundo funcionários, a empresa havia prometido efetuar depósitos para os trabalhadores na sexta-feira, mas a previsão de liberação de dinheiro foi adiada para quarta-feira. O programa de demissões, entretanto, continua em execução. Ontem, muitos funcionários receberam telefonemas requisitando a presença na empresa, e a expectativa é de que o motivo seja a negociação do parcelamento dos débitos trabalhistas e o desligamento. Apoio O plano de corte nos quadros, que podem passar de cerca de 2 mil para apenas 700 funcionários, foi apresentado há duas semanas, em Brasília, pelo vice-presidente executivo Flávio Carvalho. Com isso, a companhia tenta obter apoio do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, na negociação de um crédito de R$ 15 milhões junto à Petrobrás para fornecimento de combustível. Sem aceno do setor público até agora, a Transbrasil insiste na renovação dos acordos de troca de bilhetes com as concorrentes, em especial a Varig e a Rio Sul. Os presidentes destas companhias, Ozires Silva e George Ermakoff, se reuniram ontem com Amaral para discutir a crise do setor. Mas teriam ouvido que o governo só se posicionará após a conclusão de estudo do BNDES sobre a situação das empresas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.