O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 6, que a ideia de uma guerra comercial provocada pela imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio "não são tão ruins", diante dos déficits comerciais que seu país amarga em relação a muitas nações pelo mundo.
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As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, enquanto Trump recebia o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven.
Ao ser questionado por um jornalista sobre se temia uma guerra comercial, o mandatário americano respondeu: "vamos ver o que acontece".
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Trump reforçou a intenção de impor tarifas sobre importações de metais, mas mostrou disposição para negociar. "Estão levando vantagem em cima da gente nos acordos comerciais, vamos aplicar as tarifas para proteger a indústria siderúrgica".
O americano usou um tom mais duro para falar principalmente da relação comercial entre EUA e União Europeia (UE). "A UE está sendo particularmente dura com os EUA", disse. O bloco "não nos trata bem e é uma situação comercial injusta, não vou deixar isso acontecer", completou.
A política dos chineses em relação ao comércio de aço também foi criticada pelo presidente, mas ele disse que México e Canadá podem ser isentos das tarifações, em meio às negociações em curso sobre a revisão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).
Entre outros assuntos, Trump comentou que a postura dos norte-coreanos na Olimpíada de Inverno sediada no mês passado pela Coreia do Sul foi "surpreendentemente positiva" e disse que acredita que Pyongyang é sincera quando diz que quer dialogar.
Ao lado de Löfven, Trump foi questionado sobre se teria algum conselho a dar ao premiê acerca da intromissão russa nas eleições, uma vez que a Suécia também realizará uma eleição neste ano. Ele respondeu: "os russos se intrometeram nas nossas eleições e provavelmente em outros países", acrescentando que os suecos devem ficar atentos a isso.
Trump ponderou, no entanto, que não teme intromissão russa nas eleições legislativas neste ano e afirmou que medidas estão sendo tomadas para que isso não aconteça, sem dar maiores detalhes. / MATHEUS MADERAL