Premiê grego pede que população rejeite ‘opressão’ e vote ‘não’
Pesquisas mostram que a população da Grécia ainda está dividida sobre a consulta popular que vai definir a adoção das condições exigidas pelos credores para renegociação da dívida
Por Fernando Scheller
Atualização:
Crise da Grécia
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Grécia: Tsipras
Em 23 de julho, durante seusegundo teste de resistência no Parlamento grego, o premiê Alexis Tsipras conseguiu apoio para aprovar uma segunda rodada d... Foto: Alkis Konstantinidis/ReutersMais
Grécia protesto
Manifestante participa de protesto em Atenas nesta quinta-feira, 15 de julho; funcionários públicos realizam greve de 24 horas contra as novas medidas... Foto: Reuters Mais
Grécia protesto
Manifestante participa de protesto em Atenas nesta quinta-feira, 15 de julho; funcionários públicos realizam greve de 24 horas contra as novas medidas... Foto: AFPMais
Grécia
Em 13 de julho, líderes da zona do euro chegaram a um acordo para manter a Grécia no blocoe reescalonar sua dívida em troca de reformas; medidas ainda... Foto: Thierry CharlierAFPMais
Grécia__Varoufakis
Na bolsa de valores indiana,TV exibe imagem do ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, que renunciou ao cargo nesta segunda-feira por pressão d... Foto: PUNIT PARANJPE/AFPMais
Crise na Grécia
Os defensores do 'oxi'(não) reuniram uma multidão em frente à praça do parlamento grego, no centro da capital Atenas, nesta sexta-feira Foto: Yannis Behrakis/Reuters
Crise na Grécia
Manifestantes durante protesto nesta sexta-feira pelo 'sim' no plebiscito que pode definir o futuro da Grécia Foto: IAKOVOS HATZISTAVROU/AFP
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Nesta quarta-feira, 1º, mil agências bancárias abrem no país para que aposentados e pensionistas saquem benefícios, o que causa tumultos Foto: Angelos Tzortzinis/AFP
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Manifestantes pró-União Europeiaprotestam em Atenas para que o governo grego aceite o programa de austeridade proposto pelos credores internacionais p... Foto: LOUISA GOULIAMAKI/AFPMais
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Manifestante sacode bandeira da União Europeia durente o protesto nesta terça-feira em frente ao parlamento grego, em Atenas Foto: Yannis Behrakis/Reuters
Crise na Grécia
Pesquisas de opinião mostram que a maioria da opinião pública da Grécia preferiria a vitória do "Sim", que siginifica pró-acordo com a Europa Foto: Marko Djurica/Reuters
Crise na Grécia
Desde o final de semana, o premiê grego AlexisTsipras vem pregando o voto contrário ao acordo com credores internacionais – o"Não"no referendo convoca... Foto: Aris Messinis/AFPMais
Grécia
Membros de partidos de esquerda protestam em Atenas contra a União Europeia Foto: Louisa Gouliamaki/AFP
Em um curto discurso em um protesto que reuniu milhares de manifestantes a favor do "não" no plebiscito de domingo, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras conclamou os presentes a mostrar nas urnas que a Grécia não se curvará a ultimatos. "Eu os conclamo no domingo a dizer um grande e orgulhoso não aos ultimatos", afirmou o primeiro-ministro. "E a virar as costas para aqueles que estão nos oprimindo."
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No domingo, os gregos vão as urnas para dizer "sim" ou "não" às condições da renegociação da dívida grega e do pacote de ajuda ao país definidos pela União Europeia. Na terça-feira, a Grécia se tornou o primeiro país desenvolvido a dar calote em uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Com dificuldades em negociar, o líder grego convocou um referendo para jogar a decisão sobre as negociações nas mãos da população.
"Nosso país foi o berço da civilização europeia", afirmou Tsipras aos presentes. "Hoje nós lotamos as ruas de Atenas para rejeitar a ideia de depressão e de ameaças. Diremos um 'não' absoluto às divisões. Qualquer que seja o resultado, será uma vitória da democracia."
Divisão. O 'não', no entanto, está longe de ser uma unanimidade na Grécia. Levantamentos mostram a população dividida sobre o voto no domingo. Nas proximidades do estádio Kallimarmaro, em um bairro nobre da capital grega, milhares de atenienses se reuniram para argumentar pelo "sim" às condições da negociação da dívida impostas pela União Europeia.
Uma pesquisa do Instituto Alco, divulgada nesta sexta pelo jornal Ethnos, dá a vitória para o sim, mas por uma margem bastante apertada: 44,8%, contra 43,4% do não. Está longe de ser um resultado garantido: a margem de erro é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e quase 12% dos eleitores ainda se dizem indecisos. O Instituto Alco é considerado uma das empresas de pesquisa mais respeitadas do País.