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Um empresário que não gostava de luxo e nem de férias

Amigos descrevem o ex-presidente do grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, como madrugador, dedicado ao trabalho desde a juventude e defensor de uma sociedade mais igualitária

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Por Redação
Atualização:
Ermírio candidato ao governo de São Paulo em 1986 ao lado de Suplicy, Rossi, Maluf e Quércia Foto:

Reclamava dos juros altos cobrados pelos bancos e acusava o governo de dar tratamento privilegiado ao setor financeiro em detrimento da indústria e do comérci

Em 1986, Antonio Ermírio foi candidato ao governo do Estado pelo PTB

Antonio Ermírio era apaixonado pelo teatro e escreveu três peças que trataram de temas agudos e caros ao brasileiros Foto: Arquivo Estadão

Ermírio também atuou no movimento das ‘Diretas Já’, na luta pela redemocratização do Brasil. Ele nunca escondeu a simpatia e o apoio ao PSDB e o pouco apreço pelo PT

Tonhão, forma carinhosa como costumava ser tratado pelos mais íntimos, não era dado aos luxos que seriam facilmente comprados pela fortuna acumulada durante décadas de trabalho

Com a idade avançando, era cada vez mais frequente perguntarem sobre o dia da aposentadoria. Ele costumava dizer que só pararia de trabalhar no dia que morresse

Boa parte da sua jornada de trabalho era reservada para a gestão do Hospital Beneficência Portuguesa que, apesar de ser particular, atendia principalmente a pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS

Um homem que soube viver segundo os seus princípios, tornando-se um modelo do empresário ético, dedicado, envolvido com as questões e os desafios de seu tempo

Foi o maior exemplo que conheci de perto de um brasileiro que tinha a consciência plena de cidadania, do que é ser um cidadão responsável, do que é a capacidade de usar o poder com responsabilidade e suprir as carências do brasileiro

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