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Usiminas registra prejuízo de R$ 235 milhões no primeiro trimestre

Queda nas vendas e na produção pioraram resultados da empresa, que reverteu o lucro obtido nos primeiros três meses do ano passado

Foto do author Fernanda Guimarães
Por Marcelle Gutierrez e Fernanda Guimarães
Atualização:

SÃO PAULO - A Usiminas reverteu o lucro de R$ 222 milhões registrado no primeiro trimestre de 2014 e registrou prejuízo de R$ 235 milhões de janeiro a março deste ano.

O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 380 milhões, um recuo de 42% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, a margem Ebitda ajustada passou de 21% para 14%.

No primeiro trimestre de 2015, a receita líquida apresentou queda de 14,7%, para R$ 2,680 bilhões.

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De janeiro a março deste ano, o resultado financeiro foi negativo em R$ 360,9 milhões, ante um valor também negativo de R$ 18,057 milhões no primeiro trimestre de 2014. 

Em linha. O prejuízo líquido da Usiminas atribuído aos acionistas, de R$ 247,46 milhões referente ao primeiro trimestre do ano, veio em linha com a média da projeção de quatro instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço da Agência Estado (BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú BBA e JPMorgan), que projetavam perdas de R$ 245 milhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado, de R$ 380 milhões, veio 42,4% acima da média das estimativas, que era de R$ 266,7 milhões.

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A receita líquida do intervalo de janeiro a março, de R$ 2,68 bilhões, tambémveio de acordo com a média das projeções das quatro casas (R$ 2,659 bilhões).

O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%. 

Vendas. A venda de aço pela Usiminas no primeiro trimestre deste ano caiu 12,6% em relação ao observado no mesmo período do ano passado, para um volume de 1,256 milhão de toneladas. Em relação ao trimestre imediatamente anterior houve um aumento de 1%.
As vendas para o mercado interno somaram 1,1 milhão de toneladas no primeiro trimestre do ano, aumento de 10% em relação ao quarto trimestre, informou na manhã de hoje a companhia. Já os volumes de exportações de aço foram reduzidos em 37,8% em relação ao período imediatamente anterior, para 150,6 mil toneladas. Com isso, o mix de vendas foi de 88% para o mercado interno e 12% para o externo. No último trimestre do ano passado a Usiminas havia destinado 17% de suas vendas de aço ao exterior.
A Usiminas informou, no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, que a receita líquida da unidade de siderurgia somou R$ 2,6 bilhões, aumento de 4% em relação ao quarto trimestre. A siderúrgica mineira explica que esse aumento ocorreu devido à maior participação das vendas no mercado doméstico e também por conta do maior preço médio do aço no mercado local, 0,5% acima do observado no último trimestre de 2014.
Por outro lado, o cash cost (custo caixa) por tonelada de aço foi maior em 5% no trimestre por conta da desvalorização cambial de 12,8% no trimestre, o que, segundo a companhia, afeta 40% dos custos totais. Além disso, destacou, houve maior custo de energia.
As despesas com vendas foram de R$ 30,2 milhões no primeiro trimestre, 32,3% inferiores às do quarto trimestre de 2014, "principalmente devido ao menor volume de exportação e às menores provisões para devedores duvidosos", destacou a Usiminas.
Produção. A produção de aço bruto pela Usiminas somou no primeiro trimestre deste ano 1,379 milhão de toneladas, queda de 16,5% sobre o mesmo período de 2014. Em relação ao trimestre imediatamente anterior houve uma queda de 1%. Na Usina de Ipatinga foram produzidas 739 mil toneladas de aço, recuo de 20,9% em relação ao visto um ano antes e recuo de 10% ante os últimos três meses de 2014.
Já a Usina de Cubatão produziu 640 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, recuo de 10,8% em relação ao primeiro trimestre de 2014. Ante o quarto trimestre do ano passado houve, por outro lado, um aumento de 11%. 

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