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'Vamos construir a participação dos governadores pela previdência', diz Maia

Em campanha para Planalto, presidente da Câmara postou no Twitter que começou o trabalho pela conquista de votos para reforma; ele encontrou o ex-deputado Valdemar Costa Neto

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes e Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta quinta-feira, 11, que vai tentar construir a participação dos governadores para apoiar a aprovação da Reforma da Previdência. Em sua conta pessoal no Twitter, Maia postou que começou o trabalho para a conquista dos votos. 

Em campanha para buscar apoio a sua candidatura à Presidência da República nas eleições deste ano, Maia tomou café da manhã hoje com o ex-deputado federal Valdermar Costa Neto, que comanda o PR, em Brasília, e almoçaria com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, em Florianópolis. Colombo é do PSD, mesmo partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. 

Em campanha para Planalto, presidente da Câmara postou no Twitter que começou o trabalho pela conquista de votos para reforma da Previdência Foto: Fabio Mota/Estadão

PR e PSD são os partidos do chamado 'centrão' que mais resistem à aprovação da Reforma da Previdência. A reforma é considerada por aliados de Maia como um dos marcos para o eventual lançamento oficial da candidatura dele, que só poderá ocorrer a partir de março.

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Foi justamente em razão da reforma que o presidente da Câmara pediu ao DEM para adiar para o fim de fevereiro a convenção nacional do partido, quando Maia deve ser lançado oficialmente como pré-candidato. O deputado quer chegar ao evento já com a reforma aprovada, para usá-la em seu discurso. Na avaliação de aliados, Maia precisa da aprovação da reforma para "reforçar" seu poder de articulação.

Maia começou a se movimentar para se viabilizar como candidato ao Planalto. A articulação envolve conversas com partidos e uma agenda de viagens dentro e fora do País para se tornar mais conhecido. Maia discute com aliados, economistas e marqueteiros os temas que pretende abordar nas viagens. A ideia é que ele apresente a posição deles e aborde assuntos que a sociedade quer ouvir, como na área da segurança pública, tema caro a seu Estado, o Rio. 

Nessa quarta-feira, 10, Maia esteve em Vitória (ES), onde participou de evento ao lado do governador Paulo Hartung (PMDB). No próximo sábado, ele embarca com uma comitiva de deputados para os Estados Unidos para estrear como presidenciável no ambiente internacional. No domingo, deve se reunir em Nova York com o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), o português Antonio Guterres. De lá, vai a Washington, onde está prevista uma visita ao Parlamento americano, conversas com jornalistas e diplomatas. Depois, seguirá para Cancún, no México, onde participa de fórum com investidores promovido pelo Banco Santander. 

Campanha. Apontado pelo DEM como pré-candidato à Presidência, Maia também conversou com Valdemar Costa Neto sobre o apoio do PR a sua pretensão de concorrer em outubro. Com a sexta maior bancada da Casa (37 deputados), o partido é um dos que Maia tenta atrair o apoio para viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto no pleito deste ano. Segundo interlocutores, o presidente da Câmara acredita que poderá contar com apoio do PR, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja condenado em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá (SP) e, assim, fique impedido de concorrer nas eleições presidenciais deste ano. Caso o petista seja candidato, Valdemar e outros integrantes do PR têm defendido, nos bastidores, aliança com Lula. Além de Valdemar, o grupo de Maia também tem conversado com o ex-deputado Bernardo Santana, presidente do PR de Minas Gerais. Santana é do mesmo Estado do senador Antonio Anastasia (PSDB), nome que o presidente da Câmara sonha em ter como candidato a vice. Outra opção seria a senadora Ana Amélia (RS), do PP, sigla cuja negociação de aliança com Maia está avançada, segundo aliados dele.

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