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Vamos ‘empoderar’ bancos menores, diz presidente do BC

Ilan Goldfajn afirma que apoio a bancos médios e pequenos vai ajudar a aumentar a competição e derrubar taxas de juros

Por Daniela Amorim (Broadcast) e Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - O Banco Central está trabalhando para reduzir o custo do crédito no País, afirmou ontem Ilan Goldfajn, presidente da autoridade monetária. Ele destacou que a taxa básica de juros do País, a Selic, está no patamar mais baixo da série histórica, em 6,5%, enquanto a taxa de juros média da economia está em torno de 21,7% ao ano, segundo o Indicador de Custo de Crédito (ICC) de fevereiro.

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, quer derrubar os juros Foto: Gabriela Bilo/Estadão - 29/1/2018

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A intenção do BC é de que o custo do crédito desça a níveis mais baixos, comparáveis internacionalmente.

“Temos preocupação que o custo de crédito convirja no Brasil para nível mais parecido com o resto do mundo”, afirmou ele, durante o seminário A retomada do crescimento, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas, no Rio. “Se conseguirmos atacar todos os custos, as taxas de juros vão cair”, completou.

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O economista argumentou que um dos instrumentos que vai ajudar a redução desses custos é aumentar a competição bancária, e, para isso, o governo pretende “empoderar bancos pequenos e médios”.

Famílias. Goldfajn lembrou que as famílias pagam mais pelo crédito bancário do que as empresas, com taxas de 27,3% ao ano e 15,5% ao ano, respectivamente.

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“As concessões de crédito estão começando a subir”, garantiu Goldfajn. “Um fenômeno muito importante do ano passado que é o mercado de capitais teve papel de substituir a fonte de financiamento das empresas”, citou o executivo, lembrando que as emissões de debêntures e notas promissórias cresceram 90%, embora tenham sido ajudadas pela base de comparação fraca do período de recessão.

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Goldfajn enumerou outras medidas que o Banco Central conduziu no sentido de avançar na agenda da autoridade monetária, como a aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a mudança no rotativo do cartão de crédito.

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