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Veja o que pode acontecer com o seu aluguel com a deflação do IGP-M

Resultado negativo do índice em 12 meses pode segurar o reajuste dos contratos

Por Malena Oliveira
Atualização:

O resultado negativo do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em junho pode beneficiar os consumidores no momento de negociar o reajuste do aluguel. A deflação do índice usado em boa parte dos contratos foi de 0,78% nos últimos 12 meses.

Queda da inflação facilita negociação de descontos Foto: Felipe Rau/Estadão

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Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), explica que a natureza desses tipos de contrato, de prestação contínua de um serviço, não prevê o reajuste “para baixo”. Com o resultado negativo acumulado em 12 meses, os preços ficam estáveis, em teoria.

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No caso dos aluguéis, no entanto, a possibilidade de barganhar um preço mais baixo não se dá exatamente por causa da trégua da inflação, mas pela crise no mercado imobiliário. Economista da FGV, Fábio Gallo explica que o momento favorece o consumidor, pois os proprietários de imóveis estão mais dispostos a negociar para não ficarem com os imóveis vazios.

Dados da plataforma VivaReal, que reúne imóveis para locação e venda, apontam que o preço médio do aluguel na capital paulista vem tendo leve valorização. 

++ Deflação segura reajuste de contratos

Em maio, o preço nominal médio do metro quadrado atingiu R$ 35,34, avanço nominal de 0,1% em comparação com o mesmo período de 2016 (R$ 35,29). Em relação a abril deste ano (R$ 35,09), o incremento foi de 0,7%. 

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Em outros contratos, como telefone, internet e TV por assinatura, os reajustes consideram indicadores diferentes, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve variação de 3,35% nos últimos 12 meses até maio. 

++Brasil pode registrar primeira deflação desde 2006

Já no segmento dos planos de saúde, que vêm registrando reajustes na casa dos dois dígitos, o custo de itens setoriais, como medicamentos, acabam sendo a referência para estabelecer os preços dos contratos. 

Ione Amorim, do Idec, ressalta que é importante que o consumidor estude seu contrato e conheça todas as condições de reajuste antes de barganhar descontos. Assim, terá mais chances de sucesso em sua negociação.

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