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Vendas do comércio varejista crescem 6,9% em abril, diz IBGE

Na comparação com março de 2009, queda foi 0,2%, segundo o instituto; no ano, vendas acumulam alta de 4,5%

Por Jacqueline Farid e da Agência Estado
Atualização:

As vendas do comércio varejista subiram 6,9% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta segunda-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com março de 2009, a queda foi 0,2%. No ano, as vendas acumulam alta de 4,5% e de 7,1% em 12 meses.

 

 

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Além disso, o IBGE revisou os dados do comércio em março, de alta de 0,3% para queda de 0,5% ante fevereiro. Segundo o técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Nilo Lopes, porém, as quedas em março e abril, ante o mês anterior, devem ser entendidos como uma "estabilidade".

 

Ele ressalta, no entanto, que, apesar do desempenho "estável" nos últimos dois meses, ocorreu uma desaceleração importante no crescimento das vendas no varejo desde setembro do ano passado, por causa do agravamento dos efeitos da crise no País. "Na ponta, o comércio está estável, mas em relação ao ano passado o patamar de vendas está bem mais baixo", disse.

 

"O comércio pode se tornar positivo, mas certamente não vai crescer como antes de setembro do ano passado." Lopes exemplificou que o indicador acumulado em 12 meses das vendas varejistas passou de uma alta de 10,3% em setembro do ano passado para 9,1% em dezembro e 7,1% em abril de 2009.

 

Ele sublinhou que os dados em 12 meses mostram que as atividades que mostraram desaceleração mais significativa foram aquelas vinculadas ao crédito, como móveis e eletrodomésticos (16,9% em setembro, para 15,1% em dezembro e 8,3% em abril) ou, no caso do varejo ampliado, de veículos, motos, partes e peças (21,0% em setembro, 11,9% em dezembro e 5,1% em abril). "O comércio esta positivo, mas não está crescendo, e provavelmente não vai crescer, como ocorria até setembro do ano passado", disse Lopes.

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Setores

 

Das oito atividades do comércio varejista pesquisadas pelo IBGE, duas registraram crescimento nas vendas em abril ante março. São elas hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,9%).

 

Os demais resultados nessa comparação foram negativos: combustíveis e lubrificantes (-0,8%); tecidos, vestuário e calçados (-1,7%); móveis eletrodomésticos (-2,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,0%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,4%).

 

Lopes ressaltou que o resultado das vendas varejistas de móveis e eletrodomésticos em abril ainda não mostram efeitos da redução do (Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos de linha branca, que só ocorreu a partir da segunda metade de abril.

 

Segundo ele, esse segmento está mostrando nos últimos meses resultados negativos por causa da redução da oferta e prazos de crédito, a insegurança dos consumidores e, ainda, "uma demanda mais satisfeita" por esses produtos após um forte crescimento ocorrido nos últimos cinco anos.

 

Varejo ampliado

 

Os dados do comércio varejista ampliado (que incluem veículos e material de construção) registraram resultados bem piores do que os resultados do comércio varejista em março. Segundo divulgou há pouco o IBGE, o comércio varejista ampliado registrou queda de -4,0% nas vendas em abril ante março e recuo de 0,8% ante abril do ano passado.

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As quedas foram puxadas tanto por veículos e motos, partes e peças (-5,6% em abril ante março e -11,3% ante abril do ano passado), quanto por material de construção (respectivamente, queda de 3,5% e recuo de 15,8%.

 

Texto ampliado às 11h04

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