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Vendas do varejo caem 0,7% em janeiro ante dezembro, diz IBGE

Na comparação com janeiro de 2016, sem ajuste sazonal, as vendas tiveram recuo de 7,0%

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - As vendas do comércio varejista caíram 0,7% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Na comparação com janeiro de 2016, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram recuo de 7,0% em janeiro de 2017. Nesse confronto, as projeções iam de uma retração de 5,50% a 3,30%, com mediana negativa de 4,20%.

O resultado veio abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,30% a alta de 1,50%, com mediana positiva de 0,60%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 4,8% no ano e redução de 7,9% em 12 meses Foto: Ricardo Prado

As vendas do varejo restrito acumularam retração de 7,0% no ano e queda de 5,9% em 12 meses.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,2% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 1,90% a um crescimento de 0,20%, com mediana negativa de 0,70%.

Na comparação com janeiro de 2016, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram redução de 4,8% em janeiro de 2017. Nesse confronto, as projeções variavam de uma retração de 7,10% a 4,40%, com mediana negativa de 5,70%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 4,8% no ano e redução de 7,9% em 12 meses. 

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Atividades. Seis das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos. Os recuos foram registrados por Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,8%); Combustíveis e lubrificantes (-4,4%), Livros, jornais, revistas e papelarias (-1,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,1%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%).

A queda só não foi mais acentuada porque o setor de supermercados, atividade de maior peso na estrutura do varejo, teve avanço de 0,2% no período. O segmento de Tecidos, vestuário e calçados também avançou, 4,1%, influenciado pelas promoções de queima de estoques do Natal, informou o IBGE.

Todas as atividades do varejo registraram retração em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Na média, o volume do comércio varejista mostrou recuo de 7,0%, a 22ª taxa negativa consecutiva.

"A gente não está vendo aumento nas vendas em relação ao ano anterior há quase dois anos", observou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Segundo Isabella, a desaceleração da inflação e redução na taxa básica de juros melhoram o cenário para o varejo, mas a recuperação das vendas ainda depende de uma melhora no mercado de trabalho. "O mercado de trabalho é um fator importante para se observar consumo", completou a pesquisadora.

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