PUBLICIDADE

Publicidade

Vendas no Dia das Mães registram a primeira queda em 13 anos

O comércio no Dia das Mães recuou 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Serasa Experian

Por Mário Braga
Atualização:
Economistas apontam o orçamento apertado dos consumidores com a alta da inflação, o custo elevado do crédito e a queda da confiança como fatores que pesaram para o resultado Foto: Fábio Motta/Estadão

SÃO PAULO - As vendas para o Dia das Mães caíram pela primeira vez em 13 anos e o comércio registrou o pior resultado para o período desde 2003. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, que mediu as vendas na data comemorativa de 2015, revelou que de 4 de a 10 de maio houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior (5 a 11 de maio). Os economistas da instituição apontam o orçamento apertado das consumidores com a alta da inflação, o custo elevado do crédito e a queda nos níveis de confiança como fatores que pesaram para o resultado.

PUBLICIDADE

Esta é a primeira queda desde o início da série histórica, em 2003. "No final de semana do Dia das Mães (8 a 10 de maio), as vendas caíram 3,9% em todo o País na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (9 a 11 de maio)", diz a Serasa, em nota.

Na cidade de São Paulo, a queda nas vendas durante a semana do Dia das Mães foi de 4,9 % ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, a retração foi de 6,0 % em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Outra pesquisa, da Boa Vista SCPC, mostra que em 2015 as vendas do comércio para o Dia das Mães recuaram 1,2% em comparação a 2014 em todo o Brasil. É o primeiro recuo para a data desde 2008, quando o indicador foi criado. Em valores, o recuo representa uma perda de R$ 7 bilhões em relação ao ano passado, de acordo com levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

Para a apuração do faturamento, foram consideradas não apenas as consultas à Boa Vista SCPC - aproximação para o número de vendas -, mas também a queda do valor médio do presente - de R$ 65 para R$ 57 entre 2014 e 2015. Houve um recuo nominal de 12% e, descontada a inflação, de 20%, segundo sondagem elaborada pela FecomercioSP, apurando-se um recuo de 19,1% no faturamento real do comércio brasileiro. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.