Um crescimento robusto na versão digital do jornal fez o The New York Times ter um dos melhores trimestres fiscais dos últimos anos. A companhia anunciou ontem que o faturamento com publicidade online avançou 23% entre abril e junho, atingindo US$ 55 milhões. As operações na internet agora representam 42% da receita total da companhia, contra 34% de um ano atrás.
A empresa adicionou mais 93 mil assinantes digitais em seus produtos de notícias, ampliando a receita nesta categoria para US$ 83 milhões, 46% a mais do que no mesmo período de 2016. O The New York Times tem hoje 2,3 milhões de assinantes restritos ao meio digital – o número inclui os que assinam apenas as palavras cruzadas do jornal.
A publicidade no jornal impresso continua sendo um desafio, assim como no restante do setor de mídia. A receita nesse segmento caiu 11%, para US$ 77 milhões. No entanto, o faturamento da publicidade como um todo teve uma pequena alta de US$ 1 milhão em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 132 milhões – resultado calcado na expansão do digital.
A receita total da companhia foi de US$ 407 milhões no segundo trimestre, uma alta de 9% em relação ao mesmo período de 2016. O lucro operacional atingiu US$ 28 milhões entre abril e junho, contra US$ 9 milhões de igual período do ano anterior.
“Cremos que a busca por jornalismo de qualidade e por artigos de profundidade está em crescimento não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo”, disse o presidente executivo-chefe do NYT, Mark Thompson.
Reação. Os resultados positivos foram divulgados em meio a um processo de reestruturação da redação que tem deixado os funcionários apreensivos. A mudança chegou a motivar um protesto diante da sede do jornal, que reuniu centenas de pessoas.