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Vulnerabilidade externa caiu de forma importante, diz Meirelles

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse hoje que o nível de vulnerabilidade externa do Brasil diminuiu de forma muito importante. "Uma declaração de que não existe nenhuma vulnerabilidade nenhum país do mundo pode fazer", acrescentou Meirelles, em entrevista à imprensa européia da qual participou a Agência Estado. De acordo com o presidente do BC, às vezes há inclusive preocupação com a vulnerabilidade dos países mais ricos do mundo. "O importante é que a vulnerabilidade da economia brasileira realmente caiu de forma muito pronunciada e isso é refletido não só pela queda do risco país mas também pelo nosso superávit em conta corrente, mesmo quando o Brasil está crescendo, o que é uma conquista histórica", afirmou. No passado, acrescentou ele, quando o Brasil começava a crescer enfrentava aumento de vulnerabilidade na sua conta corrente. Ele explicou que o Brasil fez uma reforma fundamental de sua economia. "A solidez da política fiscal, depois das reformas da previdência social e tributária e de corte de despesas, é muito importante", disse. Para ele, a atual política monetária também dá uma solidez muita grande ao País. "Em resumo, a melhora do perfil da dívida pública doméstica faz com que os fundamentos da economia brasileira permitam ao País enfrentar, com uma dose muito alta de confiança, possíveis crises futuras", explicou Meirelles. Segundo o presidente do BC, a dívida interna atrelada ao dólar caiu de 40% para 19%. Brasil está em posição sólida para enfrentar crise Meirelles afirmou que as crises de confiança são resultado de diversos aspectos e não apenas relacionados a problemas de incerteza política ou de direcionamento econômico, mas também com preocupações sobre vulnerabilidade econômica. Meirelles fez esse raciocínio ao ser indagado se hoje, dada a situação confortável, o País poderia enfrentar melhor uma crise semelhante à de 2002. "É difícil dizer que haveria uma crise igual a de 2002, exatamente porque, inclusive, os fundamentos da economia estão no momento muito melhores e a situação política também é melhor", afirmou. Segundo ele, o Brasil está em uma posição sólida e confortável para enfrentar qualquer tipo de crise no futuro.

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