PUBLICIDADE

Wal-Mart tenta ser gigante também na web

Apesar do domínio totalnas lojas físicas, rede ainda tem, na internet, menos de um sexto das vendas da Amazon

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

No mundo das lojas físicas, o Wal-Mart ainda é um titã, vendendo mais de um bilhão em mercadorias todos os dias. Mas, no mundo online, a rede varejista está bem atrás da concorrência, com menos de um sexto das vendas da Amazon.com. A urgente necessidade de incrementar o lado eletrônico das vendas foi um dos principais temas da conferência de acionistas da rede na sexta-feira. O diretor executivo da empresa, Doug McMillon, prometeu enfrentar o problema.

Atratividade das lojas não foi replicada na web Foto: Kevork Djansezian/Reuters

"Os fregueses podem fazer compras conosco de muitas maneiras diferentes - nas lojas, nos celulares, em casa", disse ele a 14 mil acionistas e funcionários do Wal-Mart reunidos numa arena do lado de fora do quartel-general da empresa, em Bentonville. "Vamos conquistar um cliente por vez." Após ficar para trás na web durante anos, o Wal-Mart está reforçando as operações online, com uma série de contratações na área tecnológica, US$ 1 bilhão em dinheiro e um programa para desafiar a rainha dos pedidos online, Amazon Prime. Nesta semana, o Wal-Mart deve começar a enviar convites para um novo programa-piloto chamado Shipping Pass, que oferece entregas gratuitas em até três dias para os pedidos feitos no site do Wal-Mart, a um custo anual de US$ 50. O Shipping Pass é um desafiante direto do Amazon Prime, que cobra US$ 99 por ano e oferece entregas gratuitas e ilimitadas com prazo de até dois dias. Mas é também uma jogada desesperada do Wal-Mart, dizem os analistas: é difícil imaginar que a rede ganhará dinheiro oferecendo o serviço a um custo tão baixo. Mas o Wal-Mart precisa compensar o tempo perdido online, disse Burt P. Flickinger III, diretor administrativo do Strategic Resource Group, firma de consultoria em varejo com sede em Nova York. "O walmart.com foi muito mal administrado", diz. "Em alguns anos, o Wal-Mart fez investimentos estratégicos e significativos no comércio eletrônico, mas em outros, não", disse ele. "Enquanto isso, a Amazon tem feito jogadas no comércio eletrônico que colocaram o Wal-Mart tão atrás a ponto de a rede de varejo precisar de 10 anos ou mais para alcançar a rival, se é que conseguirá fazê-lo um dia." Olhar para a concorrência que está à sua frente é algo que o Wal-Mart não está acostumado a fazer, pois durante décadas a rede domina o segmento do varejo com sua vasta rede de fornecedores, supercentros simplificados e preços baixos. Mas, apesar de ter declarado quinze anos atrás - em 1999 - que o walmart.com seria uma prioridade para a empresa, a rede de varejo não foi capaz de transformar seu domínio das lojas físicas em domínio na web. McMillon, veterano do Wal-Mart que assumiu o comando da rede no ano passado, voltou a colocar o comércio eletrônico no centro das atenções, prometendo investir US$ 1 bilhão nas operações online da empresa. Sob seu comando, o Wal-Mart expandiu para 7 milhões o número de produtos vendidos no site - há três anos, era 1 milhão. A meta é chegar a 10 milhões este ano, embora isso seja apenas uma fração dos cerca de 300 milhões de itens que a amazon.com oferece. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.