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Wen Jiabao pede que Europa reduza restrições a exportações da China

Primeiro-ministro chinês deseja que a Europa conceda ao país o status de economia de mercado, retire a proibição de vendas de armas e alivie restrições às exportações de produtos de tecnologia

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, evitou comentários diretos sobre a crise da dívida da Europa durante sua viagem à região, mas revelou preocupações comerciais de longa data em um lembrete sutil de que Pequim quer retorno por ter ajudado a salvar a zona euro.

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No meio de uma visita de oito dias a quatro países europeus, Wen falou apenas em geral sobre a economia da região, enquanto tentou lembrar seus anfitriões de que China deseja que a Europa conceda ao país o status de economia de mercado, retire a proibição de vendas de armas e alivie restrições às exportações de produtos de alta tecnologia. A viagem foi até agora discreta, como ocorre geralmente com as viagens de líderes chineses.

Wen iniciou sua viagem na Islândia na última sexta-feira e elogiou os esforços do país nórdico para impulsionar a sua economia após enfrentar um colapso bancário no início da crise global. Na Alemanha, na segunda etapa de sua visita, ele disse que o problema da dívida da Europa trouxe dificuldades para a região, mas também deu ao continente a oportunidade de reforçar a sua unidade.

Na segunda-feira, Wen destacou, ao abrir um feira comercial em Hannover, que a União Europeia é o maior parceiro comercial da China, acrescentando que uma recuperação na Europeia beneficiará o país. Ele pediu que a China e a Alemanha impulsionem o comércio anual bilateral para US$ 280 bilhões até 2015, de US$ 169 bilhões registrados no ano passado.

E incluiu uma farpa suave: a China dá igual ênfase às importações e exportações. Wen afirmou que o país deseja importar mais da Alemanha e que espera que a "Alemanha peça vigorosamente que a União Europeia reduza as restrições sobre as exportações de produtos chineses de alta tecnologia".

Wen viajará à Polônia amanhã, acompanhado por uma delegação de empresários e poderá discutir em particular a crise da zona do euro.

A China tem ajudado a Europa, por meio da compra de bônus da Espanha, Grécia e Hungria, e investimentos em portos e rodovias na Grécia. Pequim prometeu durante o fim de semana ajudar a impulsionar o caixa contra crises do Fundo Monetário Internacional (FMI), embora não tenha especificado o valor dos recursos que fornecerá. As informações são da Dow Jones.

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