O gabinete do Japão adiou uma ampla reforma no fundo de pensões públicas do país, que responde por US$ 1,1 trilhão. A decisão sinalizou que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, não tinha pressa para mudar a gestão no Fundo de Investimento de Pensões do Governo, depois que uma grande mudança em sua estratégia de investimento foi apresentada no ano passado. O fundo decidiu colocar mais dinheiro em ações, contribuindo para impulsionar o índice Nikkei Stock Average para uma máxima em 15 anos.
O ministro da saúde, trabalho e bem-estar, Yasuhisa Shiozaki, cujo ministério tem responsabilidade sobre o fundo, tem defendido a instalação de um conselho de administração que supervisionaria seus investimentos e garantiria a independência ante a interferência política. Ele entrou em choque com outros dirigentes, incluindo alguns no escritório do primeiro-ministro, que alegam que as propostas de Shiozaki necessitam de mais tempo para coordenação e que a melhoria da gestão já está em vigor.
O gabinete de Abe efetivamente resolveu a questão na terça-feira ao aprovar um projeto de lei mais modesto, sem as propostas. O projeto de lei permite que o fundo mantenha a sua sede em Tóquio, derrubando uma medida anterior que exige deslocamento, e dá aprovação legal para uma nova posição de diretor de investimentos no fundo. Hiromichi Mizuno, um ex-executivo de private equity em Londres, assumiu o cargo diretor de investimentos em janeiro. O projeto de lei menor agora vai ao parlamento para aprovação final.
Defensores de uma reforma na governança do fundo dizem que um atraso poderia colocar o dinheiro dos pensionistas em situação de risco, deixando o fundo com pouca supervisão. Eles também dizem que será mais difícil para colocar o fundo como um modelo para o Japão. / Fonte: Dow Jones Newswires