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Profissionais de governança começam a ganhar espaço nas empresas brasileiras

Companhias criam cargos específicos para fiscalizar as práticas internas de gestão, a exemplo de países como Índia e Inglaterra

Por Ian Gastim e Malena Oliveira
Atualização:

No Brasil, a discussão sobre a eficiência e a transparência na gestão das empresas ainda precisa evoluir para se equiparar a outros mercados, mas já existem companhias que começaram a formalizar cargos para fiscalizar o exercício das melhores práticas - a exemplo de países como Índia e Inglaterra. São as diretorias, gerências e secretarias de governança, cuja função é tornar mais transparentes as relações entre a companhia e os públicos interessados em seus negócios.

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Gerente de governança da CPFL Energia, Gisélia Silva faz parte da Comissão de Secretarias de Governança Corporativa, um grupo de trabalho composto por representantes de cerca de 20 empresas para discutir as atribuições do cargo e sua implantação em companhias. 

A executiva afirma que as empresas no País ainda têm um longo caminho a percorrer nesse sentido, mas que as bases já estão lançadas: "O secretário de governança precisa ser um agente neutro dentro da empresa, de maneira a conciliar os interesses de todos os envolvidos nos negócios", afirma.

Para a presidente da Associação Internacional de Secretários de Governança (CSIA, na sigla em inglês), Carina Wessels, a necessidade de instituir um departamento para cuidar exclusivamente desses assuntos deve estar condicionada ao tamanho da empresa. 

Porém, ainda que o diretor, gerente ou secretário de governança corporativa acumule outras funções dentro da companhia, há requisitos claros para a função: "Deve ser um guardião das boas práticas e precisa conhecer muito bem o campo de atuação da organização."

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