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Ações da Gol disparam mais de 15% após acordo com a Delta

Objetivo do acordo é fortalecer a aliança estratégica entre as aéreas e reforçar a posição financeira e a liquidez da Gol

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Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 17h50

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Um acordo de operação estratégica entre a Gol e a Delta Air Lines impulsionaram as ações da empresa de transporte aéreo, que fecharam em alta de 15,37% nesta segunda-feira, 13.

O desempenho da aérea ajudou a Bovespa. No fechamento, o Ibovespa subiu 1,01%, aos 53.119,47 pontos, melhor nível desde o dia 26 de junho (54.016,97 pontos). O acordo acertado na reta final entre Grécia e credores garantiu uma sessão de ganhos à Bolsa que, assim, retomou o patamar de 53 mil pontos. Além da Gol, a recuperação foi sustentada principalmente pelos ganhos de Vale e siderúrgicas.

A Gol anunciou 'acordos de operações estratégicas'com a Delta Air Lines Foto: Fabio Motta/Estadão

A Gol anunciou "acordos de operações estratégicas" entre a família Constantino, acionista controlador da Gol, e a Delta Air Lines. Segundo a companhia, o objetivo é fortalecer a aliança estratégica entre as aéreas e reforçar a posição financeira e a liquidez da Gol.

De acordo com a Gol, como parte do acordo, o acionista controlador investirá até US$ 90 milhões e a Delta até US$ 56 milhões em ações preferenciais da Gol a serem emitidas. A Delta também irá garantir um empréstimo a prazo, a ser celebrado pela Gol com credores terceiros, de até US$ 300 milhões.

"Aliado a essas operações, a Gol e a Delta estenderão seus acordos de cooperação comercial", informou a companhia aérea brasileira, em comunicado. "Estas operações estratégicas estão sujeitas à execução e entrega da documentação definitiva e às condições de fechamento habituais, incluindo o recebimento das aprovações regulamentares necessárias", acrescentou a Gol.

Para o JPMorgan, o acordo entre Gol e Delta indica que a necessidade de aumento de caixa da companhia aérea brasileira é alta, mas mostra que o controlador e a Delta estão comprometidos com o investimento, o que reduz as preocupações sobre a estabilidade financeira da Gol. O banco acredita que o empréstimo de até US$ 300 milhões reforçará o balanço patrimonial da brasileira, com posição de caixa que pode chegar a R$ 3,5 bilhões somado ao aumento de capital.

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O BTG Pactual concordou que o acordo leva a uma situação de caixa "confortável", mas minimizou o impacto, ressaltando que alternativas de capitalização já eram esperadas desde a mudança de estrutura de capital com a criação das super PNs, no mês de março deste ano.

Em teleconferência com analistas e investidores, realizada nesta segunda-feira, 13, pela manhã, o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Gol, Edmar Lopes, disse que ainda é cedo para dizer se a companhia fará uma futura nova emissão de ações

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