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Ações da Petrobrás caem com confirmação de Aldemir Bendine, do BB, na presidência

Papéis da estatal fecharam em queda de cerca de 6%

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Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 17h50 

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As ações da Petrobrás voltaram cair depois de surgirem no mercado especulações de que Aldemir Bendine, atual presidente do Banco do Brasil, seria o novo presidente da estatal. A confirmação oficial foi feita nesta tarde, em fato relevante publicado pela empresa. 

Após essa confirmação, as ações, que operavam em queda de mais de 7%, começaram a beirar o recuo de 9%, depois diminuíram levemente o tombo. No final do pregão, o recuo foi de 6,52%, no caso das ações ordinárias; e de 6,94%, no das preferenciais. A Bolsa recuou 0,90%, para 48,792 mil pontos. 

Bendine foi um "nome surpresa" do governo, visto que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, era um dos mais cotados para assumir o comando da Petrobrás e o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, era tratado como uma “solução emergencial”.

Ex-presidente do Banco do Brasil, Bendine assume a estatal no lugar de Graça Foster Foto: Filipe Araújo/Estadão

A confirmação do novo presidente da Petrobrás saiu nesta sexta-feira, dois dias após Graça Foster e cinco diretores terem pedido demissão

A avaliação do mercado em relação a Bendine não é boa, já que se esperava alguém com maior independência política, inclusive em relação à presidente Dilma Rousseff. Além de Bendine, outro executivo do BB também foi para a estatal. Ivan Monteiro será o novo Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores em substituição a Almir Guilherme Barbassa. 

Sua escolha foi um contraponto do governo para tentar minimizar o estrago do nome de Bendine sobre as ações da petrolífera. Ele era vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, enquanto Bendine era o presidente do banco. Os outros diretores escolhidos ocuparão os cargos interinamente e saíram da própria empresa, com gerentes nas vagas de seus superiores. 

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A novela da Petrobrás soma-se ao quadro debilitado da economia brasileira, que ganhou hoje o péssimo resultado do IPCA de janeiro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial ficou em 1,24% em janeiro, ante 0,78% em dezembro. Em 12 meses, a inflação já acumula taxa de 7,14%. 

O IBGE também informou que a produção industrial recuou em 12 dos 14 locais pesquisados em dezembro ante novembro, num sinal de que, além da inflação alta, a atividade no País fraqueja. Como pano de fundo, cresce a percepção de que o governo vai ter dificuldades de entregar a meta de 1,2% de superávit primário neste ano, prometida por Levy no início de sua gestão. 

(Com informações de Fabrício de Castro e Claudia Violante, da Agência Estado)

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