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Após atingir maior valor do Plano Real, dólar cai para R$ 4,10

Moeda fechou com recuo de 1,59%, depois de atingir a cotação de R$ 4,17 na véspera; recuperação do petróleo ajuda a Bolsa

Por Fabrício de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - Após a disparada de ontem, quando atingiu o valor nominal recorde desde o início do real, o dólar passou hoje por ajustes técnicos, com investidores realizando os lucros mais recentes (vendendo moeda). O recuo do dólar no exterior, onde o petróleo voltou a apresentar fortes ganhos, também ajudou a conduzir a baixa das cotações no Brasil.

O dólar fechou em baixa de 1,59%, aos R$ 4,1041. Na semana, porém, acumulou alta de 1,38%. Já o Ibovespa - principal índice da Bolsa - fechou em alta de 0,83%.

Nesta quinta-feira, o dólar atingiuo maior valor da história do Plano Real: R$ 4,1705 Foto: Paulo Vitor/Estadão

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O viés negativo para o dólar era forte desde cedo. Por um lado, alguns investidores aproveitaram os avanços mais recentes para diminuir posições compradas (de alta da moeda) no mercado futuro - o mais líquido -, o que acabava colocando as cotações à vista para baixo. Por outro, o exterior ajudava, pois o petróleo voltou a registrar ganhos tanto em Londres quanto em Nova York. 

Por trás do cenário de recuperação lá fora estavam declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reiterando a possibilidade de adoção de mais estímulos para a economia da zona do euro. Já o presidente do Banco do Japão (BoJ, p banco central do país), Haruhiko Kuroda, disse que a instituição está pronta a "expandir ainda mais, ou fortalecer ainda mais" seu programa de relaxamento quantitativo, "se necessário".

O dólar oscilou em baixa durante toda a sessão. Na máxima do dia, às 12h08, marcou R$ 4,1334 (-0,89%) e, na mínima, às 13h33, atingiu R$ 4,1027 (-1,63%). Durante a tarde, com as mesas de operação já mais vazias, antes do fim de semana prolongado em São Paulo (aniversário da cidade no dia 25), as oscilações foram menores.

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