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Bolsa tem 4ª alta seguida com dados de inflação e Meirelles

Índice Bovespa avançou 1,03% com suposta sinalização do ministro da Fazenda sobre corte na Selic; dólar fechou em alta de 0,63%, a R$ 3,22

Por Paula Dias e Lucas Hirata
Atualização:

A Bovespa teve nesta quinta-feira, 22, sua quarta alta consecutiva, ainda operando em forte correspondência com as bolsas de Nova York, onde prevaleceu a percepção positiva em relação às políticas monetárias dos Estados Unidos e do Japão. No Brasil, a desaceleração do IPCA-15 e uma suposta sinalização de corte de juros no Brasil também foram apontadas como influências positivas para as ações. O Índice Bovespa já iniciou o dia em alta e fechou com ganho de 1,03%, aos 58.994,16 pontos. O volume de negócios somou R$ 7 bilhões. 

Já o dólar fechou o dia com valorização de 0,63%, cotado aos R$ 3,2274, após ceder ao nível de R$ 3,18 pela manhã. 

Mercado no Brasil ainda reage a sinalizações de política monetária no exterior Foto: Dario Oliveira|Estadão

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A ideia de gradualismo no aperto monetário dos Estados Unidos e o empenho do Banco do Japão (BoJ) em sustentar sua política de juros influenciaram o comportamento da taxa de câmbio e mantiveram o apetite dos investidores por ativos de risco, impulsionando mais uma vez as bolsas americanas. 

As europeias, que já estavam fechadas quando o Federal Reserve se pronunciou sobre os juros, responderam hoje com fortes altas. Em sintonia com os mercados internacionais, a Bovespa foi puxada por ações de peso, como as dos bancos. Bradesco PN terminou o dia com ganho de 1,92%, seguida por Itaú Unibanco PN, que avançou 1,60%. 

Os preços do petróleo se mantiveram em alta mais uma vez, refletindo dados sobre queda de estoques nos Estados Unidos e pela tendência de desvalorização do dólar que predominou no mercado externo. A commodity deu impulso extra às ações da Petrobras, que fecharam com alta de 1,30% (ON) e 2,49% (PN). 

No cenário doméstico, dois fatores que derrubaram a taxas de juros no mercado futuro acabaram por influenciar indiretamente o mercado de ações. Um deles foi a desaceleração da inflação medida pelo IPCA-15, que recuou de 0,45% em agosto para 0,23% em setembro. Outra influência foi a suposta declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a uma agência de notícias de que uma queda da Selic até o final do ano seria "altamente provável". O Ministério da Fazenda afirmou por meio de nota que em nenhum momento Meirelles comentou com jornalistas o impacto do ajuste fiscal na taxa Selic.

Segundo profissionais do mercado, a alta da Bolsa não foi maior porque algumas ações que estavam demasiadamente "esticadas" foram alvo de realização de lucros. As correções foram comandadas pelos papéis da Vale, que na véspera estiveram entre as maiores altas do mercado, com ganhos superiores a 5%. Ao final dos negócios de hoje, Vale ON e PNA caíram 0,57% e 0,20%, respectivamente. As siderúrgicas seguiram o desempenho e também tiveram perdas. Com o resultado de hoje, o Ibovespa reverte as perdas de setembro e passa a contabilizar alta de 1,89% no mês. No ano, o índice tem alta de 36,09%.

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