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Bolsa cai e dólar sobe com turbulência nos mercados chineses

Intervenção na moeda chinesa alimenta interpretações de que a economia pode estar pior do que o esperado

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Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 17h55

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SÃO PAULO - A aversão a risco vinda do cenário internacional deu o tom dos negócios no Brasil, onde a tarde desta quinta-feira, 7, é de desvalorização de ativos. Os temores com a economia da China levam o dólar a subir frente às principais moedas de países emergentes e exportadores de commodities. A moeda terminou o dia em alta de 1,04% em relação ao real, cotada a R$ 4,0491 - a maior cotação desde 29 de setembro.

A Bovespa acabou o dia em baixa de 2,58%, na mínima do dia, aos 40.694,72 pontos, menor nível desde 30 de março de 2009 (40.653,13 pontos).

As bolsas da China voltaram a fechar mais cedo hoje, com apenas 30 minutos de sessão, após o sistema de circuit breaker interromper os negócios. O movimento ocorreu depois de o governo enfraquecer novamente o yuan, o que sinaliza uma tentativa de estimular as exportações e tentar evitar uma desaceleração mais forte da economia. 

Pregão na China foi interrompido com menos de 30 minutos Foto: Reuters

"A interpretação do mercado é que a manipulação no câmbio mostra que a economia pode estar pior do que o esperado", disse Johan Javeus, estrategista-chefe da SEB Group. "Talvez o crescimento está desacelerando mais rapidamente, e isso é algo que está preocupando os investidores mundo a fora", acrescentou.

A sinalização de uma piora na economia chinesa gerou preocupações sobre a demanda de petróleo no país, o que arrancou mais perdas para o setor, levando o contrato futuro do Brent ser negociado no menor nível desde abril de 2004 e o contrato na Nymex no menor nível desde dezembro de 2003, ambos com preços próximos a US$ 30 o barril. Por volta das 15h, no entanto, o movimento perdia força e os preços registravam leve alta.

Ações. Vale destacar que a desvalorização da moeda chinesa favorece as exportações, mas dificulta as importações, o que prejudica as empresas que vendem para o país, como a brasileira Vale e siderúrgicas. Não por acaso Vale tombou 5,95% na ON e 5,90% na PNA. Gerdau PN caiu 4,52%, Metalúrgica Gerdau PN cedeu 6,25%, Usiminas PNA recuou 5,74%, e CSN ON, 2,37%. 

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Petrobrás teve uma queda mais comedida. A ação ON caiu 2,85% e a PN, 2,19%.

(Álvaro Campos , Niviane Magalhães e Paula Dias, da Agência Estado, com informações da Dow Jones Newswires

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