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Bovespa cai e dólar sobe após Fed sinalizar alta do juro nos EUA

Presidente do BC americano reforçou a percepção de que a instituição poderá iniciar o prometido aperto monetário ainda este ano; dólar foi a R$ 3,81

Por Paula Dias
Atualização:
Dólar à vista bateu a máxima de R$ 3,8138 Foto: Carlos Severo/Fotos Públicas

SÃO PAULO - O discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, foi determinante para a mudança de rumo no mercado financeiro brasileiro nesta tarde. Depois de ter subido até 2,08%, a Bovespa perdeu força e passou a operar em terreno negativo, acompanhando as quedas das bolsas de Nova York. O dólar agora sobe, acompanhando o fortalecimento da moeda americana frente às principais moedas pelo mundo.

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Janet Yellen não falou sobre política monetária em seu discurso inicial no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, o que gerou uma frustração inicial. No decorrer de sua fala aos parlamentares, no entanto, a presidente do Fed reforçou a percepção de que a instituição poderá iniciar o prometido aperto monetário ainda este ano, na reunião de dezembro. Apesar de dizer que nada está decidido, Yellen ressaltou melhoras na renda e no emprego das famílias e disse que elevar os juros mais cedo permitiria ao Fed promover um avanço mais gradual das taxas de juros ao longo do tempo.

Os rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) e o dólar bateram as máximas do dia e as bolsas de Nova York firmaram queda após as declarações de Yellen. Por aqui, o dólar à vista bateu a máxima de R$ 3,8138 (+1,09%), mas reduziu o ritmo e, às 14h31, era negociado por R$ 3,797, com alta de 0,65%. No mesmo horário, o Índice Bovespa tinha queda de 0,42%, aos 47.852,80 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,31% e o Standard & Poor's, 0,42%.

Boa parte da queda do Ibovespa é influenciada pelas ações da Petrobrás, que despencam mais de 4%. Os preços do petróleo aprofundaram as perdas após o Departamento de Energia dos EUA informar que os estoques de petróleo bruto subiram 2,847 milhões de barris, enquanto a previsão era de +2,5 milhões. Petrobrás ON e PN caíam 5,30% e 4,72%, respectivamente.

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