A Bovespa fechou em baixa e no menor patamar em mais de um mês, afetada pelo desempenho ruim das bolsas no exterior e também pelas questões políticas que ameaçam, mais uma vez, a aprovação das medidas de ajuste fiscal no Congresso. O Ibovespa encerrou em baixa de 1,79%, aos 53.629 pontos, menor patamar de fechamento desde o dia 8 de abril (53.661) pontos). O volume financeiro foi de R$ 6,602 bilhões.
A Bolsa já abriu em baixa, diante da tensão externa com a questão da dívida da Grécia e, aqui, pelas expectativas com as Medidas Provisórias do ajuste fiscal que serão votadas no Senado nesta semana em meio ao sentimento de que o maior defensor das medidas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode estar isolado dentro do governo. O declínio foi acentuado após a bateria de indicadores da economia dos EUA, que indicam recuperação pouco mais firme da atividade, reforçando a leitura de que a alta da taxa de juros da economia americana pode estar a caminho, o que afetaria os negócios por aqui.
Entre os papéis, as ações preferenciais (PN) da Petrobrás (sem direito a voto) recuaram 3,20% e as ordinárias (ON) tiveram queda de 3,40%. Na segunda-feira, 25, acionistas aprovaram as demonstrações contábeis de 2014, mas a empresa reiterou que diante do prejuízo de R$ 21,5 bilhões registrado em 2014, não irá pagar proventos neste ano aos investidores.
Já os papéis preferenciais da Vale tiveram alta de 1,07% e os ordinários subiram 0,58%, favorecidos pelo aumento nos preços do minério de ferro. Nas siderúrgicas, CSN ON recuou 1,68%, mas Usiminas PNA teve alta, de 3,02%.
O setor financeiro também sucumbiu: Itaú Unibanco PN caiu 1,47%, Bradesco PN recuou 2,97% e Santander Unit (conjunto de ações) teve queda de 3,37%. Na semana passada, o governo anunciou que vai aumentar o imposto que incide sobre o lucro dos bancos.