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Sustentada por ações de estatais, Bolsa fecha em alta de 1,30%

Ibovespa recuperou o patamar dos 50 mil pontos, do qual saiu no último dia 22; alta foi influenciada principalmente pela Petrobrás, que disparou 7%, e Banco do Brasil, e acompanhou ainda a valorização das bolsas no exterior

Por Claudia Violante
Atualização:
Ibovespa dá continuidade ao movimento do pregão anterior Foto: Marcio Fernandes/Estadão

Atualizado às 17h34

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SÃO PAULO - A Bolsa deu continuidade ao movimento de recuperação da véspera e subiu mais um pouco nesta quarta-feira, recuperando o patamar de 50 mil pontos do qual saiu no último dia 22. A alta foi influenciada principalmente pelas ações de estatais, como a Petrobrás, que disparou 7%, e Banco do Brasil, e acompanhou ainda a valorização das bolsas no exterior. Nesta quarta-feira, o Ibovespa terminou o dia em alta de 1,30%, aos 50.245,14 pontos.

Na mínima, o índice marcou 49.422 pontos (-0,36%) e, na máxima, marcou 50.333 pontos (+1,47%). No mês, acumula perda de 5,34% e, no ano, voltou a somar valorização, de 0,48%. O giro financeiro totalizou R$ 6,777 bilhões.

A trégua no noticiário favoreceu a recuperação da bolsa doméstica nesta quarta-feira, um dia depois de a S&P ter rebaixado o outlook do rating brasileiro para negativo e o mercado ficar de sobreaviso para movimentos similares de outras agências, sobretudo da Moody's, que está na iminência de mudar a nota brasileira.

Nesta quarta-feira, o destaque foi o encontro de política monetária do Federal Reserve, que manteve inalterada a taxa de juro entre zero e 0,25% e não deu indícios em seu comunicado de que o início do aperto monetário acontecerá em setembro. Segundo o BC dos EUA, houve progressos em empregos, mas não em inflação, justamente um dos pontos observados pela instituição para começar a elevar os juros no país.

Analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, avaliaram que o Fed deixou a porta aberta para a elevação dos juros em setembro, mas a preocupação com inflação pode empurrar esse início para o final do ano. Para Alan Gayle, diretor de alocação de ativos da Ridgeworth Investments, o placar unânime do Comitê poderia sugerir que o Fed não está completamente pronto para iniciar o aumento.

"É razoável acreditar que os membros do FOMC que querem um aumento devam votar a favor, provavelmente, em alguma reunião antes do Fed iniciar o aumento", disse Gayle.

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A reação da Bovespa foi morna ao comunicado, diminuindo um pouco as altas, acompanhando a reação imediata de Wall Street. Mas logo voltou a acelerar.

Petrobras ON teve valorização de 7,47% e PN, de 7,52%. BB ON subiu 4,43%. Vale ON, +1,44%, Vale PNA, +1,68%. Bradesco PN, + 1,10%, Itaú Unibanco PN, +0,99%, e Santander unit, -0,80%.

Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 0,69%, aos 17.751,39 pontos, o S&P 500 fechou com ganho de 0,73%, aos 2.108,57 pontos, e o Nasdaq subiu 0,44%, aos 5.111,73 pontos.

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