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Com acordo entre EUA e México, dólar cai e é cotado a R$ 4,08; Bolsa sobe 2,19%

Dólar teve segundo pregão de desvalorização e fechou abaixo de R$ 4,10; Bolsa foi impulsionada pela alta de mercados globais

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Por Redação
Atualização:

O dólar recuou pela segunda sessão consecutiva e terminou o dia abaixo do patamar de R$4,10, influenciado pelo exterior, onde predominou a busca pelo risco e após os Estados Unidos e México chegarem a um acordo sobre o Nafta, aliviando as tensões sobre guerra comercial. A divisa americana operou em baixa durante praticamente todo o dia e fechou em queda de 0,59%, cotada a R$ 4,0812. Já a Bolsa encerrou o pregão em forte alta, de 2,19%, aos 77.929,68 pontos.

Em movimento de ajuste, dólar opera em baixa ante o real Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Nesta segunda-feira, 27, a agenda e o noticiário tranquilos contribuíram para o recuo da moeda norte-americana, mas a cautela com a cena eleitoral conteve o movimento. Na mínima, a moeda chegou ao patamar de R$ 4,04.

“O mercado está um pouco mais racional hoje. O cenário favorável lá fora e a ausência de notícias (eleitorais) estão fazendo o mercado se acomodar um pouco depois de uma semana de muita cautela”, disse o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

Acordo entre Estados Unidos e México aliviou as tensões sobre guerra comercial

Os EUA e o México fecharam um acordo comercial nesta segunda-feira, 27, que abriu o caminho para substituir o Nafta, de acordo com o presidente dos EUA, Donald Trump.

O tratado será chamado de acordo de comércio Estados Unidos-México, evitando o nome Nafta, que incluiria o Canadá. O presidente americano acrescentou que o acordo permitirá que o Canadá retome as negociações.

"Negociações com Canadá serão retomadas em breve e um acordo separado é possível", disse Trump.

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Segundo a rede de televisão CNBC, Trump disse também que o acordo é muito especial para agricultores e fabricantes e que autoridades mexicanas prometeram que o país latino-americano começaria a comprar produtos agrícolas dos EUA.

Eleições brasileiras

Já no cenário local, a proximidade do início da campanha eleitoral também influencia os negócios neste início de semana. "Com o início da campanha em cadeia nacional, a expectativa do mercado é de que Geraldo Alckmin ganhe relevância nas pesquisas, já que ficou com a maior fatia do bolo ao fazer aliança com o Centrão”, apontou a CM Capital Markets em relatório.

O candidato do PSDB, preferido do mercado por seu perfil reformista, não conseguiu até o momento decolar nas pesquisas de intenção de voto, como reforçou novo levantamento nesta segunda-feira. Essa apatia e a possibilidade de um segundo turno com o PT fizeram os investidores reprecificarem recentemente o dólar para acima de R$ 4.

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Segundo levantamento feito a pedido do banco BTG Pactual, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril no âmbito da operação Lava Jato, Jair Bolsonaro (PSL) está na liderança com 24% das intenções de voto, à frente de Marina Silva (Rede) com 15%, Alckmin com 9%, e Ciro Gomes (PDT) com 8%.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. /COM REUTERS

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