A Bovespa pega carona na recuperação dos mercados acionários internacionais e sobe desde a abertura, amparada por um avanço generalizados das blue chips. A retomada global do apetite dos investidores por ativos de risco ocorre diante de uma trégua das preocupações sobre uma eventual escalada nos planos protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após notícias de que integrantes do próprio Partido Republicano mostraram-se contrários à criação de tarifas sobre importações de aço e alumínio, de 25% e 10%, respectivamente. Às 10h40, o Ibovespa subia 0,81%, aos 86.721,66 pontos.
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Contrariando a melhora de humor, as ações da BRF ainda amargam perdas de cerca de 3,0%, depois do tombo de 20% da véspera, dia em que perdeu quase R$ 5 bilhões em valor de mercado. O papel ainda é penalizado por revisões em recomendações e estimativas de bancos em meio à terceira fase da Operação Carne Fraca, deflagrada ontem pela Polícia Federal.
No mercado de câmbio, o dólar segue em queda ante o real, negociado a R$ 3,2244 (-0,71%), pressionado pela desvalorização paralela da moeda americana no exterior em relação a algumas divisas principais e grande parte das moedas ligadas a commodities. Na renda fixa, os juros futuros continuam em baixa com o dólar fraco e reagindo à queda maior que a esperada da produção industrial em janeiro, que tende a reforçar a percepção de que pode haver mais afrouxamento na reunião do Copom neste mês. Os mercados locais aguardam agora a pesquisa eleitoral da CNT/MDA, que será divulgada às 11 horas, e trará avaliações do governo e a opinião da população sobre temas como emprego, renda e segurança