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Com queda de 78% em 12 meses, MMX, de Eike Batista, estreia no Ibovespa

Meneradora tem peso de 0,020% na nova composição do índice, que começa a valer nesta segunda

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Por Redação
Atualização:

A nova carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta segunda-feira, 5, válida para o período de maio a agosto de 2014, tem como novidade inclusão das ações ordinárias da MMX, com peso de 0,020%. A mineradora do grupo EBX, de Eike Batista acumula, em 12 meses, queda de 78% na Bolsa.

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Outra novidade é a exclusão das ações ordinárias da Dasa e das preferenciais da Klabin, totalizando 71 ativos de 67 empresas.

As ações preferenciais do Itaú Unibanco são as de maior peso no Ibovespa, com participação de 9,973%, seguida por Petrobras PN, com 7,795%, na frente das preferenciais do Bradesco, com 7,480%. Ambev ON assume a quarta colocação, com peso de 5,800%, à frente de Vale PNA, com 5,640%. Petrobras ON vem na sequência, com 4,822%; Vale ON aparece com 4,185%.Na nova carteira valem integralmente as novas regras da Bolsa. As mudanças de metodologia, anunciadas pela BM&FBovespa em novembro, foram implantadas escalonadas em duas etapas. A carteira de janeiro a abril de 2014, por exemplo, foi obtida a partir da média das ponderações definidas com base na metodologia anterior e na nova. Agora a partir de maio, a ponderação do Ibovespa será realizada exclusivamente com base na nova metodologia.As principais alterações na metodologia são: forma de ponderação, que passará a ser realizada pelo free float com cap de liquidez (IN) de 2 vezes; e cálculo de índice de negociabilidade (IN), que passará a considerar 1/3 da participação no número de negócios e 2/3 da participação de volume financeiro. Também haverá mudanças nos critérios de inclusão e exclusão da carteira, bem como nos critérios de inclusão e permanência na carteira em caso de suspensão da negociação do ativo. A nova metodologia contará também com a introdução de limite de participação por empresa.A implementação de 100% da nova metodologia da carteira teórica do Ibovespa facilitará a entrada do papel de uma empresa que tenha realizado sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para o principal índice da bolsa brasileira. Isso porque, a partir da nova carteira, a empresa que abriu capital não precisará mais ter um ano de negociação de sua ação na Bolsa para estar elegível a ingressar no Ibovespa.A partir das novas regras, a ação da companhia que realizou um IPO recente terá de passar por um rebalanceamento da carteira - que ocorre a cada quatro meses - e, nesse período, se apresentar liquidez, e tiver presente em 95% dos pregões do período, já terá esse critério aprovado para estar no Ibovespa, destaca o diretor de Engenharia de Produtos e Serviços da BM&FBovespa, André Demarco, em entrevista ao Broadcast. "Entendo que esse ponto agrega valor para a listagem em Bolsa", disse o executivo.A nova metodologia foi resultado, lembrou, de intensas discussões, que duraram quase dois anos, envolvendo também os participantes do mercado, residentes e não-residentes. "O objetivo é consolidar o índice como o principal índice do mercado de ações brasileiras", disse Demarco. Agora, a ponderação do índice passa a ser realizada pelo valor de mercado das ações em circulação (free float) com um "cap" (limite) de duas vezes, explicou o executivo.

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