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Dólar abre em alta após resultado do PIB dos EUA

O Produto Interno Bruto americano cresceu 4,2% no segundo trimestre

Por ÁLVARO CAMPOS
Atualização:
O crescimento mais forte do que o esperado poderá renovar as apostas sobre uma antecipação da alta de juros no país Foto: Karen Bleier/AFP

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, 28, em um movimento de correção após as quedas recentes. O movimento se manteve após a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu à taxa anualizada de 4,2% no segundo trimestre, ante um resultado inicial de 4% e previsão de revisão para 3,8%. No cenário interno, o ambiente político continua dominando a atenção dos investidores.

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Por volta das 9h32, o dólar à vista no balcão subia 0,09%, a R$ 2,2550. No mercado futuro, o dólar para setembro avançava 0,33%, a R$ 2,2575. O dólar também ganhava terreno ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rublo russo (+1,53%), a lira turca (+0,48%) e o rand sul-africano (+0,45%). O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, avançava 0,13%, aos 82,535 pontos.

O resultado do PIB norte-americano pode trazer pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve - o banco central norte-americano - nas estratégias de saída e de normalização da sua política monetária. O crescimento mais forte do que o esperado poderá renovar as apostas sobre uma antecipação da alta de juros no país, já cogitada por parte dos integrantes do Fed na última ata da reunião de política monetária de julho e também mencionada pela presidente da instituição, Janet Yellen, em pronunciamento no simpósio de Jackson Hole, na semana passada.

A agenda nos EUA está cheia hoje. Além do PIB, o Departamento do trabalho informou hoje que os pedidos semanais de auxílio-desemprego ficaram em 298 mil na semana passada, ante previsão de 300 mil. Mais tarde, às 11 horas, saem os dados sobre vendas pendentes de imóveis em julho, após uma queda de -1,1% computada em junho. Ao meio-dia, o Fed de Kansas City divulga o índice de atividade industrial regional em agosto, sendo que em julho ficou em 9.

No Brasil, o IGP-M de agosto ficou diminuiu o ritmo de deflação, ao passar de queda de 0,61% em julho para retração de 0,27% em agosto, divulgou mais cedo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo

AE Projeções

, que ia de quedas entre de 0,15% e 0,43%. A retração registrada neste mês veio mais branda que a mediana encontrada, de -0,33%. Já o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 3,1% na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para o menor nível desde abril de 2009, enquanto o Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 7,3% na comparação com igual período de 2013.

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