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Dólar fecha a R$ 3,31 e Bolsa cai com cenário político

Mercado reagiu à possível denúncia de Temer por Janot, suposta espionagem de Fachin e reunião do PSDB sobre permanência no governo; Ibovespa chegou a recuar mais de 1%, mas fechou em queda de 0,82%

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Por Redação
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Após uma abertura relativamente positiva, a Bolsa e o dólar retomaram o modo "cautela" nos negócios desta segunda-feira, 12. O dólar, logo cedo, chegou a reagir pontualmente à não-cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sexta-feira, e ao avanço dos preços do petróleo, mas depois virou com as incertezas locais e a perspectiva de alta de juros pelo Federal Reserve em sua reunião da quarta-feira. A moeda fechou em alta de 0,78%, aos R$ 3,3180. Na máxima, bateu R$ 3,3270, em alta de 1,06%, às 14h45. 

Cenário político segue pressionando negócios no mercado financeiro Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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Com os ganhos do petróleo e do minério de ferro, o Índice Bovespa abriu em alta, mas inverteu a trajetória, perdendo o patamar dos 62 mil pontos, pressionado pelo setor financeiro. Ao fim do pregão, o Ibovespa caiu 0,82%, cotado aos 61.700,23 pontos. Na mínima, chegou aos 61.278,29 pontos, em queda de 1,37%.

Após o resultado do TSE, os investidores monitoram a movimentação em torno de uma possível apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e possíveis desdobramentos do suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo presidente para espionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. 

No radar, também está a reunião da executiva do PSDB, que deve discutir a permanência do partido na base aliada do governo, embora haja dúvidas sobre uma definição ainda hoje. 

No exterior, o destaque é o mercado de ações, que está em baixa tanto em Nova York quanto na Europa, pressionado pela forte realização de lucros do setor de tecnologia. Há, ainda, receios sobre o quadro político no Reino Unido, após a primeira-ministra Theresa May ter de negociar uma aliança para ter a maioria no Parlamento e enfrentar dúvidas quanto ao andamento do processo do Brexit.