O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 25, voltando para o patamar de R$ 3,10. Pela manhã, a moeda chegou a subir ante o real, em resposta à decisão do Banco Central de não rolar contratos de swap cambial (vebda de dólares com compromisso de recompra) que vencem em 1º de novembro, o que impulsionou uma busca maior pela divisa. No entanto, o dólar não resistiu à pressão decorrente da forte entrada de dólares no país com a regularização de recursos de brasileiros no exterior, cujo prazo termina no próximo dia 31, e fechou em baixa pelo segundo dia seguido.
A divisa recuou 0,28%, a R$ 3,1086, renovando o menor patamar de fechamento desde 2 de julho de 2015 (R$ 3,0960). No mês de outubro até esta terça-feira, o dólar já recuou 4,37% ante o real.
Segundo o Banco Central, houve entrada líquida de quase US$ 1,6 bilhão na conta financeira - por onde passam investimentos diretos, em portfólio e outros - só nos últimos três dias até o dia 21 passado por conta do programa de regularização.
Segundo o último balanço divulgado pela Receita Federal, até a manhã de segunda-feira, havia sido registrado o pagamento de R$ 33,1 bilhões em imposto e multas decorrentes da regularização do total de R$ 110,5 bilhões em ativos.
Mercado de ações. A Bovespa fechou em queda pelo segundo dia seguido com investidores vendendo ações para obter lucro. Mesmo sustentado pelas ações da Vale, cujas ações preferenciais (PNA) subiram mais de 6% no pregão com a valorização do minério de ferro, o Índice Bovespa recuou 0,30%, aos 63.866,20 pontos. A Petrobrás teve queda de 2,12% na ON (ações com direito a voto) e 1,18% na PN (preferência no recebimento de dividendos).
O destaque do pregão foram os papéis da Fibria, que avançaram 4,06%. Siderúrgicas e metalúrgicas em geral também foram favorecidas por expectativas positivas envolvendo a China e limitaram a realização de lucros.
O dia foi de poucas notícias, restritas basicamente à ata da reunião do Copom e aos trabalhos na Câmara em torno da votação em segundo turno na PEC 241, que institui um teto aos gastos públicos. O volume de negócios totalizou R$ 8,15 bilhões. /COM REUTERS