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Dólar sobe a R$ 2,125 com cenário externo

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro negócio fechado esta manhã no pregão viva-voz da roda de câmbio na Bolsa de Mercadorias & Futuros foi com alta de 0,33% do dólar em relação a ontem, à taxa de R$ 2,125. O mercado de câmbio abre esta quinta-feira atento às notícias e indicadores econômicos internos e externos, mas o que vai mesmo ditar o ritmo dos negócios - e a tendência das cotações - é o fluxo cambial e a rolagem dos contratos futuros de maio na BM&F. Há expectativa de ingressos financeiros de cerca de US$ 500 milhões até a próxima terça-feira, relativos a ofertas públicas de ações de várias empresas. A notícia, que provocou uma antecipação da oferta de moeda por algumas tesourarias dos bancos ontem, pode ainda ter impacto hoje, assim como a atuação dos exportadores se repetir. Para a formação da Ptax (taxa de referência do Banco Central usada para liquidação dos contratos futuros de câmbio) amanhã, a aposta é de que os investidores "vendidos" (que apostam na queda do dólar) estejam mais fortes, pressionando o recuo das cotações. Os investidores continuarão de olho nos juros dos títulos do Tesouro dos EUA, que devem repercutir o depoimento do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano), Ben Bernanke, a partir das 11 horas, no Congresso americano. Bernanke, no entanto, pode perpetuar o otimismo contido na ata da última reunião do FOMC (comitê de mercado aberto do Fed), divulgada na semana passada. Se isso acontecer, os juros dos títulos americanos devem ficar comportados, corroborando a trajetória aqui. Impacta o cenário mundial dos juros o anúncio do banco central chinês de elevar a sua taxa básica para empréstimo de um ano em yuan em 0,27 ponto percentual, para 5,85%. O aperto monetário é o primeiro desde outubro de 2004 e já tem reflexos no mercado externo. Se a decisão for seguida de outros mercados e, principalmente, pelos EUA, a liquidez mundial pode se estreitar, afetando o mercado cambial aqui.

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