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Dólar sobe ante o real após três sessões de queda e fecha a R$ 3,13

Investidores mostraram cautela antes de discurso da presidente do Federal Reserve e votação sobre pacote de resgate na Grécia

Por Denise Abarca
Atualização:

Atualizado às 17h30

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SÃO PAULO - Após registrar queda por três sessões, acumulando no período desvalorização em torno de 3%, o dólar fechou em ligeira alta, definida na hora final dos negócios, fruto de recomposição técnica de posições. Ao longo da sessão, contudo, a tônica foi de queda, alinhada ao comportamento da moeda no exterior.

Pela manhã, o dólar ante o real já acompanhava o desempenho da moeda americana ante o euro e divisas de países emergentes lá fora, que por sua vez espelhava a frustração das expectativas com os dados da economia norte-americana. Os indicadores, mais fracos que o esperado, sugerem que o Federal Reserve pode esperar um pouco mais além de setembro para subir os juros. Entre eles, as vendas no varejo dos EUA recuaram 0,3% em junho, ante maio, enquanto a projeção era de alta de 0,2%. Ainda, os números dos dois meses anteriores foram revisados para baixo.

Incerteza sobre a situação grega continua forte Foto: AP

No meio da tarde, a trajetória de queda do dólar começou a dar sinais de cansaço, quando os investidores passaram a ajustar posições, mas em meio a uma liquidez minguada. Vale lembrar que amanhã haverá discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, na Câmara, e o parlamento da Grécia deve votar as reformas propostas pelo primeiro-ministro Alex Tsipras para o fechamento de acordo com os credores.

A moeda acabou fechando em alta leve, mas na máxima, a R$ 3,1380 (+0,16%) no balcão. Na mínima, o dólar à vista chegou a R$ 3,1140, baixa de 0,61%. O volume no segmento à vista perto das 16h30 era de apenas US$ 586 milhões.

Bolsa. A Bovespa apagou a realização de lucros vista pela manhã e trabalhou em alta durante a tarde, mirando o mercado norte-americano, mas com dinamismo menor. Petrobrás subiu e ajudou a segurar o índice, enquanto o tombo de Gerdau e a queda de siderúrgicas e Vale pressionaram do outro lado. 

O Ibovespa terminou o dia em leve alta de 0,23%, aos 53.239,17 pontos. Na mínima, marcou 52.653 pontos (-0,88%) e, na máxima, 53.416 pontos (+0,56%). No mês, acumula ganho de 0,30% e, no ano, de 6,46%. O giro financeiro totalizou R$ 5,153 bilhões. 

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Petrobrás, que pela manhã chegou a operar com 2% de queda, avançou, acompanhando as oscilações do petróleo. A expectativa sobre o acordo nuclear fechado entre o Irã e seis potências havia levado muitos investidores a apostar na queda do petróleo, uma vez que o Irã, importante produtor, voltaria a exportar. A leitura hoje, com o acordo enfim finalizado, entretanto, foi outra. A de que o país deve demorar ainda a retomar a produção e exportação do produto e, por isso, o petróleo voltou a subir. 

O preço do petróleo, que pela manhã também caiu, terminou em alta de 1,61% na Nymex, a US$ 53,04 o barril. Petrobras ON subiu 1,81% e PN, 1,52%. 

Gerdau foi destaque de baixa, depois de ter anunciado uma reestruturação de suas unidades e a compra de fatias em controladas em uma transação de R$ 1,986 bilhão. Metalúrgica Gerdau PN desabou 10,52% e Gerdau ON caiu 7,25%, as duas principais quedas do Ibovespa, seguidas por BradesPar PN (-3,98%).

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