Atualizado às 18h
SÃO PAULO - A expectativa de que o Federal Reserve poderá elevar os juros em dezembro e os dados da balança comercial chinesa pressionaram as cotações do dólar hoje, que terminou a sessão no azul. A Bolsa, por outro lado, encerrou o dia em queda.
A moeda avançou 0,82%, a R$ 3,7903, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,7792 e a máxima de R$ 3,8063. O Ibovespa, por sua vez, encerrou o dia em baixa de 1,54%, aos 46.194,92 pontos. Na mínima, marcou 46.057 pontos (-1,84%) e, na máxima, 47.001 (+0,17%).
A China anunciou retração de 18,8% das importações em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, queda maior do que a de 15% projetada pelo mercado. Já as exportações cederam 6,9%, ante os 4,1% de baixa previstos, resultando num superávit da balança de US$ 61,64 bilhões, ante projeção de US$ 60,3 bilhões.
Os dados chineses, em especial os de importação, penalizaram as divisas de países exportadores de commodities, como o real. Ao mesmo tempo, investidores mantiveram a busca de dólares em várias praças, ainda influenciados pelos números do payroll (dados de emprego) divulgados nos Estados Unidos na última sexta-feira. O relatório revelou a criação de 271 mil empregos em outubro, bem acima da previsão de 183 mil vagas. Na prática, isso reforçou as apostas de que o Fed poderá subir juros ainda em 2015.
A Bovespa seguiu de perto o comportamento das bolsas norte-americanas e trabalhou em queda em praticamente toda a sessão. O sinal negativo foi estimulado pela leitura de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai mesmo iniciar o aperto monetário em dezembro, o que ganhou força após mais um dado do mercado de trabalho do país.
Também teve influência da China, após a balança comercial desapontar e se refletir sobre os preços das commodities, que caíram. Vale ON recuou 1,47% e Vale PNA, 1,23%. Petrobrás ON caiu 3,24% e a PN, 2,30%.