PUBLICIDADE

Em dia de forte oscilação, dólar cai e fecha cotado a R$ 4,08

Moeda recuou 0,38%, ainda influenciada pelos preços do petróleo, que também mexeram com os negócios na Bolsa; Ibovespa terminou o dia em alta de 0,66%

Por Paula Dias
Atualização:

(Atualização às 18h30)

PUBLICIDADE

O mercado de câmbio teve uma quinta-feira de volatilidade e o dólar à vista alternou altas e baixas ao longo do dia, ao sabor do noticiário interno e externo. A moeda norte-americana acabou por fechar em baixa de 0,38%, cotada a R$ 4,0824. Entre a mínima e a máxima registradas desde a abertura, a cotação oscilou num intervalo de cerca de 2%.

O principal motivo para a desvalorização do dólar foi a recuperação dos preços do petróleo, que apesar da instabilidade, mantiveram o sinal positivo durante todo o dia. O avanço da commodity impulsionou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil. A alta foi gerada por rumores sobre um acordo para a redução da produção do petróleo, hipótese que foi negada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). 

Cotação do dólar também foi influenciada pela ata da reunião do Copom Foto: Paulo Vitor/Estadão

O petróleo, que no final da manhã chegou a subir mais de 7%, reduziu a alta para aproximadamente 2%. Com isso, o dólar chegou a tocar o terreno positivo por alguns minutos, retornando depois novamente ao terreno negativo. Pela manhã, as cotações também haviam sido pontualmente pressionadas pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sinalizou de que o Banco Central não deverá elevar os juros básicos da economia este ano. Entre a mínima e a máxima, a cotação oscilou de R$ 4,0369% (-1,49%) e R$ 4,1176 (+0,48%)

O mercado também acompanhou o encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", do qual se esperava o anúncio de medidas de crédito com o objetivo de reativar a economia. A reunião, no entanto, não chegou a exercer influência mais direta sobre as cotações. 

Bolsa. A Bovespa teve um pregão bastante volátil, operando ora em alta ora em baixa. O teto da sessão foi atingido quando o petróleo disparou, no começo da tarde, mas o movimento não se sustentou e, no restante do dia, o principal índice à vista operou sem conseguir firmar uma tendência.

O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,66%, aos 38.630,19 pontos. Na mínima, marcou 37.996 pontos (-0,99%) e, na máxima, registrou 39.100 pontos (+1,89%). No mês, acumula perda de 10,89%. O giro financeiro totalizou R$ 5,064 bilhões, segundo dados preliminares. 

Publicidade

No começo da tarde, a notícia de que o ministro de energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou que os países produtores podem propor um corte de 5% na produção fez o petróleo disparar e também as ações da Petrobrás. 

Mais tarde, no entanto, a Arábia Saudita declarou não ter feito nenhuma proposta para a Rússia sobre cortar a produção em 5%. O petróleo desacelerou em reação a sinais de que o Irã tentará recuperar logo a fatia de mercado que tinha antes de ser submetido a sanções econômicas dos EUA e de seus aliados europeus, em 2012. 

O petróleo terminou o dia em alta de 2,85%, a US$ 33,22 o barril no contrato para março negociado na Nymex. 

Aqui, Petrobrás foi alvo de venda por parte de investidores estrangeiros e titubeou ao longo do dia. Isso acabou contendo a valorização das ações e até mesmo servindo para colocá-las no vermelho em vários momentos da sessão. A empresa confirmou que seu conselho de administração aprovou a revisão do modelo de gestão e governança com a redução de sete para seis no número de diretorias e o corte de 30% dos 7,5 mil gerentes atuais. Com as mudanças, haverá economia de R$ 1,8 bilhão por ano. 

PUBLICIDADE

Na reta final, a ON (com direito a voto) fechou com queda de 0,31% e a PN (com preferência por dividendos) em alta de 0,66%. 

Bradesco PN terminou em +0,17% e ON, em 1,69%. Hoje, o banco anunciou lucro líquido contábil de R$ 4,353 bilhões no quarto trimestre de 2015, 9% maior que os R$ 3,993 bilhões observados no mesmo período de 2014 e 5,7% superior aos R$ 4,120 bilhões verificados no trimestre imediatamente anterior. No consolidado de 2015, o banco lucrou R$ 17,190 bilhões, um montante 13,92% acima dos R$ 15,089 bilhões apurados em 2014. 

Itaú Unibanco PN avançou 0,68%, BB ON, 2,20%, Santander unit, 0,47%. 

Publicidade

Vale caiu 0,85% na ON e 1,25% na PNA.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.