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Em queda de 1,46%, dólar fecha a R$ 3,09

No início do dia o câmbio chegou a subir; baixa foi influenciada por desempenho da moeda no exterior

Por Denise Abarca
Atualização:
Cotação fechou o diana mínima, aR$ 3,09 Foto: Jose Patricio/Estadão

O dólar à vista no balcão devolveu nesta quinta-feira, 2, toda a alta ante o real registrada ontem e encerrou o dia abaixo de R$ 3,10. Do mesmo modo que ontem dados do mercado de trabalho nos EUA impulsionaram a moeda, hoje o payroll mais fraco do que o esperado puxou a queda do dólar ante várias divisas. A moeda fechou na mínima ante o real, cotada R$ 3,09 (queda de 1,46%). 

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A moeda começou o dia em alta, dando sequência à trajetória de ontem, mas o avanço logo perdeu força, tanto que a máxima coincidiu com o preço de abertura, R$ 3,15 (alta de 0,35%), com o mercado digerindo dados acima do previsto da produção industrial e, naquele momento, declarações de membros do Banco Central, que reforçaram o compromisso em colocar a inflação no centro da meta de 4,5% em 2016. Ou seja, mais aperto na Selic, o que deve atrair mais fluxo para o País. A produção industrial subiu 0,6% em maio ante abril, acima do teto das estimativas coletadas pelo AE Projeções (alta de 0,50%).

Ainda na primeira hora de negócios, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que foram criadas 223 mil vagas em junho, ante 233 mil postos esperados pelos analistas, o que levou a moeda a zerar os ganhos e a operar em queda, em linha com o que acontecia também no exterior. Ontem, a informação da pesquisa ADP, de que o setor privado dos EUA havia criado 237 mil empregos em junho, maior volume desde dezembro, e acima da previsão dos analistas de 220 mil, criou uma expectativa otimista para o payroll, que não se concretizou. À tarde, o dólar reforçou o declínio, com os investidores ampliando o movimento de realização de lucros.

O dólar em baixa ajudou a aliviar a curva de juros futuros, mas as taxas já abriram em queda refletindo os discursos do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na noite de ontem, e do diretor de Política Econômica da instituição, Luiz Awazu Pereira, nesta quinta-feira. As declarações mostraram otimismo da autoridade monetária sobre efeitos já percebidos da alta da Selic nas projeções de inflação de médio e longo prazos pelos agentes econômicos (ver matérias as 8h07 e 10h17). Em linha com o dólar, as taxas também renovaram as mínimas na etapa vespertina.

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