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Fipe revê projeção para IPC de junho para 0,26%

Por Denise Abarca
Atualização:

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) reviu de 0,30% para 0,26% a sua expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no encerramento de junho, informou o coordenador do índice, André Chagas, nesta quarta-feira, 18. A revisão foi feita após a surpresa com o resultado da inflação na segunda quadrissemana do mês, de 0,16%, muito abaixo da previsão da Fipe, que era de 0,23%. Na quadrissemana anterior, o IPC ficou em 0,22%. A expectativa para o IPC da terceira quadrissemana de junho também teve alteração, passando de 0,24% para 0,15%.As maiores surpresas da segunda apuração vieram dos grupos Habitação e Alimentação, que tiveram altas de 0,21% e 0,03%, aquém das estimativas de 0,27% e de 0,28%, respectivamente, do coordenador do IPC. "O que explica o resultado da Habitação abaixo do esperado é o número maior de pessoas que conseguiram o desconto da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), e em Alimentação, a aceleração da queda dos in natura", disse Chagas.Chagas informou que quase três quartos dos consumidores que compõem a amostra da Fipe estão economizando água e, dentro deste universo, aumentou de três oitavos para metade a porção dos que estão conseguindo obter o desconto de 30% na tarifa. "Superou as expectativas. Dentre os que estão se esforçando, o grau de sucesso tem sido grande. Isso deve continuar acontecendo ao longo de junho", disse.Porém, Chagas afirmou que a maior surpresa mesmo foi a forte desaceleração em Alimentação, que, para efeitos estatísticos, ficou zerada. "Os in natura explicam bastante este resultado", disse. Estes produtos aprofundaram a deflação de 2,45% para 5,00% entre a primeira e a segunda quadrissemanas, com destaque para Frutas (-3,20%), Legumes (-3,29%), Tubérculos (-7,00%) e Verduras (-11,00%). "E nas pesquisas de ponta (mais recentes), os in natura continuam em queda, de 6,7%", disse.

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