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Abiclor: consumo e vendas de cloro-soda reduzem em 2013

Por André Magnabosco
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O fraco desempenho da indústria brasileira em 2013 afetou o ritmo dos negócios da indústria de cloro e soda cáustica, dois insumos obtidos no mesmo processo de produção. Dados divulgados nesta segunda-feira, 17, pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) apontam retração das vendas e do consumo doméstico de ambos os produtos, além da retração do indicador de produção de cloro.De acordo com a entidade, o consumo aparente de cloro, insumo utilizado em grande escala pela indústria da construção, caiu 0,1% em relação a 2012, para um total de 1,255 milhão de toneladas. Já a demanda por soda cáustica, utilizada pelas indústrias de metalurgia e siderurgia, papel e celulose e alumínio, entre outras, encolheu 1,1% em igual base comparativa, para 2,455 milhões de toneladas.As vendas de soda encolheram 2,3%, para 1,185 milhão de toneladas, em contraste à elevação de 7% do uso cativo, que totalizou 151,9 mil toneladas. Situação semelhante ocorreu no segmento de cloro: as vendas totais tiveram retração de 2,8%, para 160 mil toneladas, contra uma expansão de 0,7% do uso cativo, para um total de 1,093 milhão de toneladas.Diante dos dados desfavoráveis de 2013, a produção do setor encolheu e resultou em uma queda de 0,2 ponto porcentual na taxa de utilização da capacidade, para 83% em 2013. A produção de cloro caiu 0,2%, para 1,247 milhão de toneladas. Já o indicador de soda teve alta de 0,3%, para 1,379 milhão de toneladas."No início de 2013, esperávamos que o ano trouxesse algum crescimento, mas essa expectativa foi se desfazendo à medida que o ano foi transcorrendo, com as vendas refletindo o enfraquecimento da economia brasileira", destacou em nota o presidente da Abiclor, Anibal do Vale. "Problemas pontuais de interrupções no fornecimento de energia elétrica acarretaram significativas perdas para o setor. Paradas técnicas programadas em algumas indústrias também contribuíram para o resultado negativo do ano passado", complementou o executivo.A entidade prevê que, em 2014, a taxa de utilização possa voltar a crescer. Desde 2011, o indicador tem ficado abaixo da média histórica de 87%, destacou a Abiclor.

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