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Aéreas ainda estudam como cobrar por bagagem

Malas poderão ter tarifa extra a partir do dia 14; Avianca anunciou ontem que precisa de tempopara estudar o assunto

Por Victor Aguiar
Atualização:

A nova regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) relativa aos direitos e deveres dos consumidores de serviços aéreos passa a valer a partir do dia 14, mas as empresas aéreas ainda não têm definido como será a cobrança por bagagem. Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, afirmou que a companhia não cobrará por bagagem despachada já em 14 de março.

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“Nós chegamos à conclusão de que precisamos de mais tempo, queremos estudar o tema durante os primeiros meses”, disse. Segundo o executivo, a ideia é criar diferentes grupos tarifários: um mais barato, destinado aos clientes “mais sensíveis a preço” e que viajam apenas com bagagem de mão, e outro que inclui o despacho de bagagem. Pedreira avalia que os estudos deverão levar, ao menos, três meses.

“Os passageiros sem bagagem (despachada) não têm que pagar pelos que levam (mala). Claramente, teremos uma classe tarifária mais barata para esse cliente”, diz. De acordo com o presidente da Avianca Brasil, os planos ainda vislumbram que os usuários “premium” possam comprar passagens sem direito a franquia e usar os benefícios dessa categoria para despachar malas.

Quanto à comparação com os atuais preços dos bilhetes aéreos, Pedreira diz que a categoria que não despacha malas terá tarifas mais atrativas. Segundo o executivo, o fato de os passageiros optarem por viajar sem bagagem implica em menos peso nas aeronaves e, consequentemente, custos mais baixos, uma vez que o consumo de combustível será menor.

A Gol também cobrará menos do passageiro que não levar mala e mais do que levar. A empresa, porém, ainda não definiu quando esse sistema será implementado. “Nesse momento, a companhia trabalha para adequar seus processos e sistemas a essa classe tarifária e treinar suas equipes”, disse a empresa em nota.  A Azul informou que definirá se cobrará por bagagem na próxima semana. Já a Latam disse estar “se preparando para implementar as medidas” das novas regras e que informará o consumidor.

Na quinta-feira, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disse que o fim da franquia de bagagens será revisto se não resultar em redução de preços. Segundo Quintella, o objetivo do governo, ao adotar a medida, foi criar um mercado de serviço aéreo de baixo custo, o chamado “low cost”, no Brasil. As novas regras da Anac acabam com o transporte gratuito de malas com até 23 quilos em voos domésticos ou de duas malas com até 32 quilos em voos internacionais.

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